Brasil

PF convoca Mauro Cid a prestar novo depoimento na terça-feira

Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro irá comparecer à Polícia Federal na próxima semana para falar sobre possíveis omissões de seu acordo de colaboração

Cid: ex-ajudente de ordens prestará novo depoimento (Geraldo Magela/Agência Senado/Flickr)

Cid: ex-ajudente de ordens prestará novo depoimento (Geraldo Magela/Agência Senado/Flickr)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 15 de novembro de 2024 às 20h54.

Última atualização em 15 de novembro de 2024 às 20h55.

A Polícia Federal (PF) intimou neste terça-feira, 15, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, a prestar um novo depoimento na próxima semana. O interrogatório foi marcado para terça-feira às 14 horas, segundo a defesa de Cid.

A PF recuperou dados que haviam sido apagados de aparelhos eletrônicos de Cid, segundo o Blog da Daniela Lima, do G1. A ideia é questioná-lo sobre eventuais omissões de sua colaboração premiada, que está sendo reanalisada pelos investigadores.

Os arquivos foram acessados por meio de um software israelense da perícia. Conforme investigadores, a descoberta dessas informações atrasaram a conclusão do inquérito sobre a suposta trama golpista. A PF investiga se o ex-presidente Jair Bolsonaro mobilizou ministérios e órgãos públicos para planejar uma forma de se manter no poder e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A colaboração de Cid foi firmada pela Polícia Federal com o aval do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em setembro do ano passado. Alguns meses depois, ele criticou a própria colaboração, dizendo que foi pressionado a "confirmar a narrativa deles", segundo áudios revelados pela revista Veja.

Cid, então, voltou a ser preso pela acusação de tentar tumultuar a investigação e foi solto dois meses depois. Ao Supremo, ele reafirmou o conteúdo da sua delação e a voluntariedade dos depoimentos.

O acordo de colaboração prevê o compromisso do delator em falar tudo o que sabe sobre o caso investigado. Caso não cumpra esse pacto, ele corre o risco de ter os benefícios da delação anulados.

Acompanhe tudo sobre:Supremo Tribunal Federal (STF)Alexandre de MoraesJair Bolsonaro

Mais de Brasil

Brasil pode ser líder em aço verde se transformar indústria com descarbonização, dizem pesquisadores

Cassinos físicos devem ser aprovados até 2026 e temos tecnologia pronta, diz CEO da Pay4fun

Com aval de Bolsonaro, eleição em 2026 entre Lula e Tarcísio seria espetacular, diz Maia

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil