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PF deflagra operação braço da Lava Jato

Investigação: um dos alvos é o escritório Raul Canal & Advogados Associados, com sede em Brasília e representação em vários estados


	Investigação: um dos alvos é o escritório Raul Canal & Advogados Associados, com sede em Brasília e representação em vários estados
 (Arquivo/Agência Brasil)

Investigação: um dos alvos é o escritório Raul Canal & Advogados Associados, com sede em Brasília e representação em vários estados (Arquivo/Agência Brasil)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 10h11.

São Paulo - A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (8), uma operação braço da Lava Jato. Dessa vez, o foco das investigações está na prática de crimes ligados à exploração ilegal de diamantes nas terras dos índios cinta-larga, em Rondônia.

Segundo informações do jornal Estado de S. Paulo, a investigação foi iniciada a partir de informações sobre a atuação do doleiro Carlos Habib Chater, o primeiro preso da Lava Jato, em março de 2014.

Batizada de Crátons, em alusão às estruturas geológicas que dão origem à formação dos diamantes, a operação mobilizou 220 policiais federais para cumprir 90 mandados judiciais - 11 são de prisão preventiva, 41 de busca e apreensão, 35 de conduções coercitivas e 3 intimações de comparecimento. 

As apurações desta etapa constataram que uma organização criminosa, composta por advogados, empresários, comerciantes e indígenas, financiava a comercialização ilícita dos diamantes no “Garimpo Lage”, no interior da reserva Parque do Aripuanã, de posse exclusiva da etnia dos índios cinta-larga. 

Distrito Federal, Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso e Paraná foram alvo da ação de hoje.

Há duas semanas, a 21º fase prendeu o empresário José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A operação foi batizada de "Passe Livre" por conta de um suposto livre acesso de Bumlai ao Palácio do Planalto.

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