Operação: segundo há PF, há indícios de atuação de servidores públicos e representantes de empresas privadas (PF/Divulgação)
Repórter
Publicado em 28 de novembro de 2025 às 09h11.
A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram, na manhã desta sexta-feira, 28, a Operação Fake Road para investigar suspeitas de irregularidades em contratos de pavimentação firmados pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS) e financiados por emendas parlamentares entre 2022 e 2023.
A ação cumpre 11 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As ordens foram distribuídas em Fortaleza, onde nove endereços foram alvo das diligências, e em Natal, com dois mandados. Segundo a PF, cerca de 50 policiais federais participam da operação, além de 12 servidores da CGU.
As investigações começaram a partir de auditorias conduzidas pela CGU, que identificaram indícios de superfaturamento, execução parcial ou inexistente de serviços, medições fraudulentas e favorecimento indevido de empresas contratadas pelo DNOCS.
As suspeitas envolvem servidores públicos e representantes do setor privado, apontados como possíveis integrantes de uma organização criminosa voltada ao desvio de recursos públicos. O prejuízo estimado supera R$ 22 milhões, segundo os órgãos.
Para aprofundar as apurações, foram autorizadas medidas como bloqueio judicial de bens e valores, indisponibilidade de imóveis e veículos, além de quebras de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático dos investigados. Também houve buscas pessoais e veiculares.
A PF afirma que o objetivo da operação é reunir novas provas, interromper eventuais práticas ilícitas e reforçar o compromisso no combate ao desvio de recursos públicos e à corrupção.