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PF identifica navio grego como suspeito de derramar petróleo da Venezuela

PF cumpre dois mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro em sedes de representantes e contatos da empresa grega

Óleo no nordeste: petróleo cru atingiu todos os estados da região (Teresa Maia/Reuters)

Óleo no nordeste: petróleo cru atingiu todos os estados da região (Teresa Maia/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de novembro de 2019 às 10h07.

Última atualização em 1 de novembro de 2019 às 10h10.

São Paulo / Rio de Janeiro — A operação Mácula, da Polícia Federal, identificou um navio de bandeira grega como responsável pelo derrame de petróleo da Venezuela no oceano Atlântico, que posteriormente atingiu praias do litoral nordestino, afirmou a PF em nota nesta sexta-feira.

Segundo a polícia, o navio atracou na Venezuela em 15 de julho, permaneceu por três dias e seguiu rumo a Cingapura, vindo a aportar apenas na África do Sul.

"O derramamento investigado teria ocorrido nesse deslocamento", afirmou a PF.

Segundo a PF, informações preliminares indicam que o navio grego está vinculado a empresa de mesma nacionalidade, "porém ainda não há dados sobre a propriedade do petróleo transportado", o que impõe a continuidade das investigações.

A investigação criminal visa impor aos responsáveis, inclusive pessoas jurídicas, as penas do crime de poluição previsto no artigo 54 da lei ambiental, bem como o crime do artigo 68 da mesma lei, decorrente do fato de não ter havido comunicação às autoridades acerca do incidente.

A PF afirmou ainda que nesta sexta-feira cumpre dois mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro em sedes de representantes e contatos da empresa grega no Brasil.

A PF não divulgou o nome da empresa.

O governo brasileiro e a Petrobras já haviam divulgado informações de que o petróleo que sujou as praias do Nordeste, desde o início de setembro, era venezuelano. Nesta semana, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, apontou um navio como responsável, sem dar detalhe.

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