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PF investiga lavagem de dinheiro de presos na Lava Jato

A chamada Operação Descarte cumpre 15 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Santos, Paulínia, Belo Horizonte e Lamim (MG)

PF: a investigação revelou também que o esquema beneficiou um funcionário público argentino (Ueslei Marcelino/Reuters)

PF: a investigação revelou também que o esquema beneficiou um funcionário público argentino (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de março de 2018 às 11h18.

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira operação para desarticular esquema de lavagem de dinheiro envolvendo operadores financeiros presos pela Lava Jato e empresa concessionária de serviços de limpeza no município de São Paulo, informou a PF em comunicado.

A chamada Operação Descarte, realizada em conjunto com a Receita Federal, cumpre 15 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Santos, Paulínia, Belo Horizonte e Lamim (MG).

Como parte do esquema investigado pela operação, empresas participantes simulavam a venda de mercadorias a clientes, que pagavam por produtos inexistentes.

A quantia recebida era então desviada para empresas de fechada, e a maior cliente identificada pela investigação foi uma empresa concessionária de serviços públicos de limpeza no município de São Paulo.

A empresa "se valeu dos serviços ilícitos dessa rede profissionalizada de lavagem de dinheiro, tendo simulado a aquisição de detergentes, sacos de lixo, uniformes etc., entre os anos de 2012 e 2017", informou a PF, acrescentando que isso resultou no repasse de mais de 120 milhões de reais a terceiros.

A investigação revelou também que o esquema beneficiou um funcionário público argentino, envolvendo operadores financeiros que foram posteriormente presos no âmbito da Lava Jato.

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