O acidente com o balão de ar quente em Praia Grande, no sul de Santa Catarina, que deixou oito mortos no sábado, 21, teria começado com uma chama de baixa intensidade em um maçarico reserva localizado no cesto da aeronave.

A informação foi dada pelo próprio piloto, que sobreviveu à queda, durante entrevista ao jornal Razão e em depoimento prestado à Polícia Civil.

Segundo o piloto, o maçarico em questão é um equipamento de segurança, usado apenas em caso de falha do queimador principal. Ele afirmou não saber por que o artefato estava instalado no interior do cesto nem o que teria provocado a ignição repentina.

'Não sei se ficou aceso ou se reacendeu sozinho, mas foi ele que começou tudo" disse. O piloto também contou que, ao perceber a iminência do impacto com o solo, pediu que os passageiros saltassem do balão na tentativa de escapar das chamas.

A Polícia Civil confirmou que o piloto apresentou esta versão e informou que o caso está sendo investigado pelo delegado Tiago Luiz Lemos. Segundo o Corpo de Bombeiros, 21 pessoas participavam do passeio turístico.

Oito morreram no local e outras 13 foram resgatadas com vida, sendo encaminhadas a unidades de saúde.

No início, as autoridades chegaram a informar que o balão teria caído sobre um posto de saúde, mas essa hipótese foi descartada após verificação no local.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que o balão perde altitude rapidamente, com chamas visíveis envolvendo parte da estrutura.

Praia Grande é conhecida pelos voos de balão, que atraem turistas de todo o país em busca da vista privilegiada dos cânions da região. O acidente gerou forte comoção entre moradores e visitantes.

Este é o segundo desastre envolvendo balões em menos de uma semana no Brasil. No domingo anterior, 15, uma mulher de 39 anos, Juliana Alves Prado Pereira, morreu e outras 11 pessoas ficaram feridas após a queda de um balão em Boituva, no interior de São Paulo.

Cerca de 30 pessoas participavam do voo, realizado em comemoração ao Dia dos Namorados.