Outros mandados foram cumpridos nas cidades de Cotia (SP) e Vargem Grande Paulista (SP), onde foram apreendidos mais celulares, notebooks, videogames e outros dispositivos eletrônicos (Sinpol/DF/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 4 de maio de 2025 às 18h27.
No sábado, 3, os agentes do Núcleo de Observação e Análise Digital foram até a cidade litorânea de de São Vicente (SP), na Baixada Santista, onde mora um adolescente de 16 anos alvo da operação. O jovem confirmou que publicava mensagens de ódio nas redes sociais, mas negou o envolvimento nas ameaças de atentado ao show de Lady Gaga.
Na casa dele, os policiais apreenderam um computador, um celular, um HD externo, um cartão de memória e um videogame. O adolescente foi ouvido e liberado e estava acompanhado do pai.
Outros mandados foram cumpridos nas cidades de Cotia (SP) e Vargem Grande Paulista (SP), onde foram apreendidos mais celulares, notebooks, videogames e outros dispositivos eletrônicos. O material será periciado e as investigações seguem para "esclarecer o alcance da atuação do grupo", informa a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
A operação, chamada de Fake Monster, é parte de uma ação conjunta com a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MPSP). Além dos mandados em São Paulo, também ocorreram ações no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.
As ações de planejamento do atentado eram elaboradas por uma plataforma de uma rede social e envolveriam uso de coquetéis molotov e outros explosivos artesanais. Um homem que seria o chefe do grupo foi preso no Rio Grande do Sul. Ele estava com uma arma. No Rio de Janeiro, um adolescente foi apreendido por armazenamento de pornografia infantil.
Como desdobramento da operação, os agentes também foram a Macaé, no Norte Fluminense, para cumprir um mandado de busca e apreensão contra um suspeito que também planejava ataques. Ele ameaçava matar uma criança, e segundo a polícia, responde por terrorismo e induzimento ao crime.
Segundo a polícia, entre os alvos do ataque estariam crianças, adolescentes e o público LGTQIA+. A investigação identificou que os suspeitos estariam recrutando jovens pela internet para promover os ataques. O plano era tratado com uma espécie de desafio coletivo. Já se sabe que o bando disseminava crimes de ódio, automutilação, pedofilia e conteúdos violentos, o que motivou a elaboração de um relatório técnico pelo Ciberlab da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do MPSP.