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PM de SP cumpre reintegração em terreno no Morumbi

Terreno pertence a construtora Even e vem sendo reivindicado pelo MTST desde o dia 20 de junho quando houve a invasão que batizou o lugar de Portal do Povo


	MST: 4.000 famílias chegaram a ocupar o terreno e a maioria que estava no acampamento já deixou o local
 (Agência Brasil/Agência Brasil)

MST: 4.000 famílias chegaram a ocupar o terreno e a maioria que estava no acampamento já deixou o local (Agência Brasil/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2014 às 09h30.

São Paulo - A Polícia Militar cumpre, na manhã desta segunda-feira, 28, um mandado de reintegração de posse em um terreno de 200 mil m² na avenida Doutor Luís Migliano, região do Portal do Morumbi, zona sul de São Paulo.

O terreno pertence a construtora Even e vem sendo reivindicado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) desde o dia 20 de junho quando houve a invasão que batizou o lugar de Portal do Povo.

A reintegração estava marcada para último dia 17, mas um dia antes cerca de 400 sem-teto ocuparam a sede da Even, dona do terreno. O MTST deixou a construtora após firmar acordo com a Justiça e a Polícia Militar para prorrogar por 15 dias o cumprimento da liminar de despejo.

A desocupação ocorre de forma pacífica. 4.000 famílias chegaram a ocupar o terreno da construtora e a maioria que estava no acampamento já deixou o local.

Invasão

O terreno invadido fica na rua Doutor Luís Migliano, que liga as Avenidas Giovanni Gronchi e Francisco Morato e é rota para o Cemitério da Paz. No local, o valor médio do metro quadrado é de R$ 8 mil e os apartamentos mais luxuosos chegam a R$ 1,5 milhão. Ao lado da invasão, está em construção um condomínio residencial com unidades de até 243 m².

Na página oficial do MTST, na época da invasão, a região era classificada como um local onde a "especulação imobiliária se alastra como epidemia, tendo efeitos perversos, como o aumento desenfreado e abusivo dos aluguéis, levando à expulsão de famílias para bairros com menos estrutura."

No entorno do terreno, prédios comerciais e residenciais de classe média alta dividem espaço com barracos da Favela da Vila da Praia. Parte dos moradores da comunidade, segundo o movimento, participa da ocupação, assim como famílias das comunidade Olaria e Viela da Paz.

Protesto

No início da manhã, outro protesto por moradia com cerca de 200 pessoas bloqueou totalmente a avenida Senador Teotônio Vilela, no sentido centro, junto à Estrada dos Mendes. Por volta de 8h da manhã, de acordo com a Polícia Militar, os manifestantes liberam o corredor de ônibus da avenida em direção à Subprefeitura da Capela do Socorro.

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