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PM usa bombas e gás contra jovens na Vila Madalena

Por volta das 2h, garrafas foram lançadas contra os policiais e houve corre-corre pelas ruas do bairro


	Torcedores na Vila Madalena: é a terceira vez que a PM usa bombas e gás
 (Camila Lam/Exame.com)

Torcedores na Vila Madalena: é a terceira vez que a PM usa bombas e gás (Camila Lam/Exame.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2014 às 11h13.

São Paulo - A Polícia Militar usou bombas e gás de pimenta para tentar dispersar as centenas de jovens que ocupavam as Ruas Aspicuelta e Fidalga, na Vila Madalena, na zona oeste, na madrugada desta quarta-feira, 9. Por volta das 2h, garrafas foram lançadas contra os policiais e houve corre-corre pelas ruas do bairro.

Antes da intervenção policial, dezenas de brigas e confusões envolvendo argentinos e brasileiros estavam acontecendo no meio das ruas bloqueadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Até as 08h45 desta quarta-feira, a PM não confirmou o uso de bombas e gás de pimenta, presenciado pela reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo".

É a terceira vez que a PM usa bombas e gás para tentar retirar as pessoas que ocupam as ruas da Vila Madalena. A medida passou a ser tomada após mobilização de moradores do bairro contra o vandalismo nas ruas ocorrido logo depois dos jogos da Copa.

Após a derrota do Brasil nesta terça-feira, 8, a maioria dos bares fechou e uma multidão de torcedores foi embora. Mas muitos jovens continuaram ocupando as ruas bloqueadas pela CET.

Ainda durante o intervalo, a PM havia registrado brigas e ao menos uma bandeira do Brasil queimada na Rua Girassol. Mas o clima ficou ainda mais tenso após a chegada de grupos de torcedores argentinos, por volta das 21h30. Brasileiros cercavam os estrangeiros o tempo todo, tentando intimidá-los com empurrões e gritos de guerra.

Na esquina das Ruas Aspicuelta e Fidalga, por volta das 21h50, o jornal "O Estado de S. Paulo" presenciou brasileiros roubando os bonés e cachecóis da Argentina de grupo de torcedores.

Os brasileiros perseguiam os argentinos com cornetas e empurrões por todo o bairro. "Muito triste ver isso", afirmou o garçom argentino Diego Zambiazzi, de 25 anos, que mora na cidade de Mendoza.

Outras brigas entre grupos de brasileiros também foram registradas na Rua Aspicuelta, com princípio de corre-corre e tumulto.

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