Redação Exame
Publicado em 4 de julho de 2025 às 08h22.
Última atualização em 4 de julho de 2025 às 08h41.
O Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) da Polícia Civil de São Paulo prendeu, nesta sexta-feira, 4, um homem suspeito de envolvimento no ataque hacker que resultou no desvio de R$ 541 milhões de uma empresa prestadora de serviços para o Banco Central (BC).
De acordo com as investigações, o suspeito trabalha para uma empresa terceirizada do BC e teria fornecido, de maneira não autorizada, acesso ao sistema sigiloso do banco, o que permitiu a ação dos criminosos. Informalmente, o homem confirmou que entregou sua senha de acesso a terceiros, facilitando a fraude.
O DEIC, por meio da 2 Delegacia da DCCIBER - Divisão de Crimes Cibernéticos, cumpriu na tarde de ontem (03/07/25), mandado de prisão e buscas em desfavor de um dos autores da maior invasão de dispositivo eletrônico do País que resultou em prejuízo milionário. Em nota, o DEIC afirmou que "como medida de cunho reparatório, também foi deferido o bloqueio de 270 milhões de uma conta utilizada para recepcionar os valores milionários desviados".
João Nazareno Roque, de 48 anos, operador de TI da empresa C&M, foi detido no bairro City Jaraguá, na zona norte da capital. Ele é acusado de fornecer senhas e credenciais que permitiram o desvio de R$ 541 milhões em transferências fraudulentas da empresa BMP Instituição de Pagamentos S/A, segundo a Polícia Civil.
Com 20 anos de experiência como eletricista predial e residencial e no manuseio de ferramentas como AutoCAD, o suspeito também trabalhou por quatro anos como técnico de instalação de TV a cabo da NET. Em seu perfil no LinkedIn, ele se descreve com "pequena experiência com tecnologia", relacionada a câmeras, computadores e sistemas de ramais, segundo o g1.