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Prefeito de Sorocaba (SP) vira réu por suspeita de superfaturamento na compra de lousas digitais

Além do dirigente municipal, o ex-secretário de educação Marcio Carrara e a empresa Educateca foram citados na denúncia do MP-SP; Prefeitura nega irregularidades e prefeito acredita em arquivamento do caso

Prefeito 'tiktoker de Sorocaba', Rodrigo Manga (Divulgação/Rodrigo Manga)

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Agência o Globo
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Publicado em 13 de maio de 2025 às 19h11.

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O prefeito de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga (Republicanos), e o ex-secretário de Educação do município, Marcio Carrara, se tornaram réus em uma ação de improbidade administrativa após a Justiça acolher denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por suspeita de superfaturamento na compra de lousas digitais.

Apesar de a ação também pedir o bloqueio imediato dos bens do prefeito e do ex-secretário, além do afastamento de Carrara da função de chefe de gabinete na Secretaria Municipal de Relações Institucionais (Serim), os pedidos foram deferidos por falta de provas.

Na ação, o Ministério Público afirma que o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) fez análises no contrato e comprovou que, de cada R$ 4 gastos na compra das lousas digitais, R$ 1 foi superfaturado. O contrato é de R$ 46 milhões, dos quais R$ 44 milhões já foram pagos. A prefeitura e a Educateca, empresa responsável pela venda, negam qualquer irregularidade.

“O Município não foi intimado pelo MP e reitera que todas as contratações seguem rigorosamente os trâmites legais”, respondeu a prefeitura sobre o caso.

Ao GLOBO, o prefeito, que ganhou destaque por sua presença nas redes sociais, reiterou que a ação “não tem provas de nenhuma ilegalidade”.

— A gente acredita que com a aprovação do Tribunal de Contas isso vai ser arquivado — disse Manga.

Investigação da PF

No início deste ano, em abril, o prefeito também foi alvo de operação da Polícia Federal (PF). Suspeito de receber propina de um esquema de desvio de dinheiro envolvendo um contrato com uma Organização Social (OS), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do dirigente municipal.

Denominada "Copia e Cola", a operação teve início em 2022, após suspeitas de fraudes na contratação de uma OS para gerir serviços de saúde no município. De acordo com a PF, as investigações apontam indícios de lavagem de dinheiro por meio de depósitos em espécie, pagamentos de boletos e transações imobiliárias.

Na época, o prefeito ironizou a operação. Os agentes federais cumpriram mandado de busca em sua residência e apreenderam seu celular e carro.

— Acharam algumas coisas aqui em casa... bolo de cenoura, nutella e o Pokémon que meu filho tanto ama — afirmou Manga.

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