Brasil

Prefeitura do Rio retoma administração de hospital Rocha Faria

O Hospital estava em mãos do Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), uma organização social

Marcelo Crivella: O prefeito anunciou a decisão nesta quinta-feira (28) pelo prefeito. Ele justificou a medida pela insatisfação quanto à qualidade do atendimento da entidade aos pacientes (Tomaz Silva/Agência Brasil/Agência Brasil)

Marcelo Crivella: O prefeito anunciou a decisão nesta quinta-feira (28) pelo prefeito. Ele justificou a medida pela insatisfação quanto à qualidade do atendimento da entidade aos pacientes (Tomaz Silva/Agência Brasil/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 28 de dezembro de 2017 às 22h41.

Última atualização em 28 de dezembro de 2017 às 22h46.

A prefeitura do Rio de Janeiro decidiu retomar a administração do Hospital Municipal Rocha Faria, na zona oeste, que estava em mãos do Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), uma organização social (OS). A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (28) pelo prefeito, Marcelo Crivella, que justificou a medida pela insatisfação quanto à qualidade do atendimento da entidade aos pacientes.

"Talvez o epicentro de nossa crise tenha sido, durante este ano, a que enfrentamos na zona oeste, desde que houve a municipalização do Rocha Faria. Ele ficou muitas vezes superlotado, faltava médico, remédio e insumo. Pedimos que fossem feitas correções. Essas não foram adotadas e a situação se agravou, a ponto de que, em 45 dias, o Rocha Faria terá uma nova administração, que não será mais uma OS [organização social], mas uma empresa pública de saúde", disse Crivella.

O Iabas respondeu em nota que vem operando o Rocha Faria com recursos abaixo do necessário, o que prejudicou a prestação de serviços aos pacientes. "Há, atualmente, mais de R$ 16 milhões em aberto com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o que impossibilita a compra de insumos e de medicamentos, o pagamento de serviços terceirizados, a quitação do 13º dos colaboradores, assim como a prestação de serviço assistencial de qualidade à população", justificou a entidade.

Crivella explicou que a falta de recursos para a saúde, ao longo de 2017, deveu-se à redução na arrecadação de impostos do município e também porque a administração passada, do ex-prefeito Eduardo Paes, contratou 288 equipes de saúde da família sem previsão orçamentária, o que gerou um gasto extra de quase R$ 500 milhões, desequilibrando todo o sistema.

O prefeito previu, porém, que em 2018 a situação vai melhorar, pois haverá aumento no orçamento da saúde e a arrecadação do município vai aumentar, com a elevação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de parte dos moradores, inclusive uma grande parcela, na zona sul, que era isenta do imposto.

 

Acompanhe tudo sobre:Rio de JaneiroHospitaisIPTU

Mais de Brasil

Previsão do tempo: semana em SP terá alternância entre tempo seco e pancadas de chuva

Laudo aponta que baixa temperatura causou explosão em fábrica da Enaex no Paraná

Lula se prepara para viajar aos EUA após rebater Trump sobre condenação de Bolsonaro

CPI do INSS: suspeito de liderar fraudes em descontos será ouvido nesta segunda-feira, 15