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Preocupado com economia, PT quer maior influência no governo

Partido aprovou uma resolução reivindicando maior participação nos rumos da política econômica durante o segundo mandato de Dilma


	Apoiadores de Dilma Rousseff (PT) comemoram o resultado das eleições no Rio de Janeiro
 (REUTERS/Pilar Olivares)

Apoiadores de Dilma Rousseff (PT) comemoram o resultado das eleições no Rio de Janeiro (REUTERS/Pilar Olivares)

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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2014 às 19h23.

Brasília - Preocupado com a deterioração do ambiente macroeconômico, o PT aprovou nesta segunda-feira uma resolução na sua comissão executiva reivindicando maior participação nos rumos da política econômica durante o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

"O PT deve buscar participar ativamente das decisões acerca das primeiras medidas do segundo mandato, em particular sugerir medidas claras no debate sobre a política econômica, sobre a reforma política e em defesa da democracia nos meios de comunicação", diz um trecho da resolução aprovada nesta segunda-feira.

"É preciso incidir na disputa principal em curso neste início do segundo mandato: as definições sobre os rumos da política econômica", prossegue a resolução.

Um integrante da executiva afirmou à Reuters que esse tema foi o que tomou maior tempo das discussões, porque há grande preocupação no partido com o ambiente macroeconômico.

"Foi um ano muito sofrível com o Guido (Mantega) na Fazenda. Temos que recuperar a credibilidade da política econômica, com o mercado e com os aliados", disse à Reuters o petista, pedindo para não ter seu nome revelado.

"O ambiente está bem deteriorado", acrescentou. Segundo ele, a resolução pode ser encarada como uma reivindicação dos petistas para que Dilma inclua o partido no amplo diálogo que pretende fazer sobre as próximas medidas econômicas para retomar o crescimento da economia.

Dilma amarga uma das piores médias de crescimento do país, abaixo dos 2 por cento ao ano, e a inflação tem girado há meses acima dos 6 por cento e no período de 12 meses está acima do teto da meta de 4,5 por cento, com banda de tolerância de dois pontos percentuais, atingindo em setembro 6,75 por cento.

O petista disse ainda que na reunião não foram discutidos nomes para substituir Mantega e eles nem mesmo debateram os nomes que vêm sendo mencionados na mídia para o cargo.

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