(Youtube/Reprodução)
Publicado em 11 de agosto de 2025 às 18h51.
Última atualização em 11 de agosto de 2025 às 19h06.
O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Edinho Silva, afirmou que a "prioridade zero" da sigla é o projeto de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026.
"A eleição do presidente Lula é fundamental para este momento da vida política brasileira. Estamos em processo de reorganização de políticas públicas", afirmou Silva em entrevista ao programa Macro em Pauta, da EXAME.
Edinho citou o bom momento da economia brasileira, com crescimento seguido nos dois últimos anos, e disse que Lula precisa de um novo mandato para seguir com o trabalho e a execução de programas como Minha Casa, Minha Vida, Pé-de-Meia e Bolsa Família.
O presidente da sigla disse ainda que outra prioridade do partido é ser capaz de colaborar com o que chamou de "construção de agenda" para o Brasil.
"Precisamos priorizar a discussão de temas importantes, como a agenda de reindustrialização, a segurança pública, o financiamento do SUS, a transição energética e o debate sobre a costa equatorial e as terras raras. O PT precisa ser sujeito dessas discussões", afirmou.
Sobre a dificuldade do governo para dialogar com setores da sociedade, por exemplo, entregadores e motoristas de aplicativo, Edinho disse que o partido precisa de uma agenda que converse com o que ele chamou de "nova classe trabalhadora".
"O partido precisa entender a realidade e os anseios dessa população e ter uma presença física com essas pessoas", disse.
O presidente do partido citou a possibilidade de linhas de crédito para a categoria para atender essas pessoas em casos de acidentes que impossibilitem o profissional de trabalhar.
Edinho disse que o partido não discute um plano B para disputar a eleição no próximo ano porque Lula está "muito bem".
"Há muito tempo não vejo o presidente tão bem como ele está hoje. A vitalidade, a vontade de debater os problemas e a disposição para debater um projeto para o novo ciclo", afirmou.
Em declarações recentes, Lula condicionou a sua candidatura em 2026 à sua condição de saúde para não repetir o efeito Joe Biden. O ex-presidente americano tentou disputar a eleição, mas recuou por questões de saúde.
Apesar de garantir o nome de Lula no próximo ano, o presidente do partido afirmou que o PT precisa seguir com a construção de novas lideranças na sigla.
"O partido precisa ter a preocupação de promover uma renovação geracional. Se você olha para exemplos no mundo, as siglas que não atualizaram a sua agenda para serem capazes de entender os movimentos da sociedade e que não realizaram uma transição geracional deixaram de existir. Não existe cláusula pétrea no partido: se a sociedade muda, o partido tem que dialogar com a sociedade que existe", afirmou.