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Propina da Abreu e Lima foi para PP, PSB e PSDB, diz Youssef

Segundo jornal, doleiro Alberto Youssef teria citado os políticos Eduardo Campos (PSB), Sérgio Guerra (PSDB), Ciro Nogueira (PP) e Eduardo da Fonte (PP).


	O doleiro Alberto Youssef
 (REUTERS/Rodolfo Buhrer)

O doleiro Alberto Youssef (REUTERS/Rodolfo Buhrer)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 3 de março de 2015 às 09h10.

São Paulo – O doleiro Alberto Youssef disse em depoimento à Operação Lava Jato que as obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, geraram propina para políticos do PP, do PSB e do PSDB. As informações são do jornal Folha de S.Paulo. A Operação Lava Jato investiga esquema de corrupção e desvio de dinheiro da Petrobras.

Segundo a publicação, Youssef teria citado quatro políticos. Do PP, teriam ficado com dinheiro o senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente da sigla, e o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE).

No PSB, a propina teria ido para o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em agosto do ano passado num acidente de avião. No PSDB, o alvo da propina teria sido o ex-presidente da sigla Sérgio Guerra, morto em março do ano passado. De acordo com a publicação, o dinheiro foi desviado entre 2010 e 2011, e parte da propina foi paga em doações oficiais a candidatos.

O doleiro teria ainda detalhado que a propina paga a Sérgio Guerra, do PSDB, tinha o objetivo de impedir a realização e uma CPI da Petrobras. Segundo a Folha, foram destinados R$ 10 milhões para barrar a CPI, e parte desse dinheiro foi para presidente do PSDB.

Já Eduardo Campos, do PSB, teria recebido R$ 10 milhões para não criar entraves para as obras da refinaria em Pernambuco. O valor recebido pelos políticos do PP não foi detalhado pela reportagem.

O dinheiro a esses políticos teria sido pago pela empreiteiras Queiroz Galvão, Odebrecht e OAS.

Eduardo Campos, Sérgio Guerra e Ciro Nogueira já haviam aparecido nos depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que também assinou acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato.

A Folha de S.Paulo entrou em contato com as empresas e os partidos citados. Todos negaram participação nos crimes relatados por Youssef. 

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