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PSB será fiel a Dilma, mas não descarta candidatura

O partido evitará qualquer tipo de ataques ao governo, mas não garante o compromisso de que Eduardo Campos não disputará a Presidência da República no ano que vem


	Eduardo Campos: o governador de Pernambuco é visto no meio político como um potencial candidato à Presidência, ou em 2014 ou em 2018, o que preocupa o PT
 (Marcelo Jorge Loureiro/Contigo)

Eduardo Campos: o governador de Pernambuco é visto no meio político como um potencial candidato à Presidência, ou em 2014 ou em 2018, o que preocupa o PT (Marcelo Jorge Loureiro/Contigo)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2013 às 13h12.

Brasília - Os afagos que a presidente Dilma Rousseff vem fazendo no governador de Pernambuco, Eduardo Campos, como o almoço na Base Naval de Aratu, em Salvador, no último sábado (5), serviram para selar a permanência do PSB na base parlamentar do governo no Congresso durante este ano. Mas não conseguiram ainda tirar do também presidente nacional do PSB o compromisso de que ele não disputará a Presidência da República no ano que vem.

Uma coisa é o acordo para evitar conflagrações em um ano em que a presidente busca sossego para fazer um terceiro ano de governo voltado para a consolidação das obras de infraestrutura e costura de uma base aliada sólida que possa garantir sua reeleição; outra é a disputa presidencial, confidenciou ao jornal O Estado de S. Paulo um interlocutor de Eduardo Campos. No almoço de sábado ficou decidido que o PSB evitará qualquer tipo de ataques ao governo.

O governador de Pernambuco é visto no meio político como um potencial candidato à Presidência, ou em 2014 ou em 2018, o que preocupa o PT.

Correligionários de Campos não escondem que o PSB, partido que mais cresceu proporcionalmente nas eleições municipais do ano passado, tem a pretensão de conquistar a vaga de vice-presidente em uma reeleição de Dilma em 2014 como um trampolim político para credenciar Eduardo Campos para um voo solo.


O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), defende a ideia de dar a Campos a vaga de vice na chapa de Dilma Rousseff nas eleições de 2014. O problema é que o dono da vaga hoje é o PMDB, o principal aliado do governo. E o presidente do partido, também vice-presidente da República, Michel Temer, já disse que o PMDB está comprometido com a chapa de Dilma Rousseff no ano que vem. E que só pensará em candidatura própria em 2018.

Campos vem sofrendo pressão dentro do próprio partido, por parte de empresários importantes e também de oposicionistas, para sair candidato a presidente no próximo ano. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já o procurou para dizer que deve deixar uma possível candidatura para 2018, garantindo-lhe apoio do PT.

No fim do ano, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou que 2018 será de fato a vez de Campos. E que o PT não lançará candidato. Mas Campos não confia nessa promessa nem acha que os petistas vão desistir de lançar candidato próprio.

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