Brasil

PSDB quer apresentar pedido de impeachment na próxima semana

A bancada do partido na Câmara quer que Dilma seja responsabilizada pelas chamadas pedaladas fiscais e por suposta omissão na corrupção da Petrobras


	Aécio Neves: o tucano tem se mantido neutro na discussão e ainda aguarda estudos para anunciar a posição do partido
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

Aécio Neves: o tucano tem se mantido neutro na discussão e ainda aguarda estudos para anunciar a posição do partido (Valter Campanato/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2015 às 14h11.

Brasília - A bancada do PSDB na Câmara pretende apresentar na próxima semana, "entre terça e quarta-feira", o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff por crime de responsabilidade, com base nas chamadas pedaladas fiscais, e por suposta omissão da petista no esquema de corrupção da Petrobras.

O líder do partido na Câmara, Carlos Sampaio (SP), disse que apresentará o parecer dos deputados ao presidente da legenda, senador Aécio Neves (MG), mas entende que já há elementos suficientes para conseguir o impedimento da presidente.

Derrotado nas eleições presidenciais do ano passado, Aécio tem se mantido neutro na discussão e ainda aguarda estudos para anunciar a posição do partido.

O PSDB aguarda um parecer do professor Miguel Reali, antes de anunciar uma decisão sobre o tema.

Tucanos como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se posicionaram contrários ao pedido de impeachment. No entanto, Sampaio afirma que o protagonismo da decisão é da bancada na Câmara.

"Respeitamos a posição do ex-presidente Fernando Henrique e dos ex-senadores que discordam, mas a Casa que decide é a Câmara. A bancada tem clareza de que o momento enseja o impeachment. As motivações dadas tanto no petrolão com a omissão dela (presidente Dilma) como nas pedaladas fiscais, com o comportamento dela, são elementos necessários", disse Sampaio que afirma ter apoio de 95% da bancada, embora não tenha apresentado um levantamento preciso.

Sampaio disse que pretende convencer Aécio sobre o pedido. "A decisão foi tomada, o impeachment é cabível e não precisamos aguardar mais nenhum parecer", disse.

Além do processo de convencimento interno, será preciso alterar a posição do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que diz não haver elementos para a abertura de processo de impeachment. Sampaio afirma que também irá convencê-lo juridicamente e que caberá ao plenário decidir.

"Uma coisa é o Eduardo Cunha afirmar por tudo que ele ouviu na imprensa que ele é contrário ao impeachment. Outra coisa é ele ter que se debruçar sobre uma peça que tem um raciocínio lógico e jurídico, com respaldo na doutrina e na jurisprudência", disse.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosImpeachmentOposição políticaPartidos políticosPolítica no BrasilPSDB

Mais de Brasil

Lula anuncia pagamento do Pé-de-Meia e gratuidade dos 41 remédios do Farmácia Popular

Denúncia da PGR contra Bolsonaro apresenta ‘aparente articulação para golpe de Estado’, diz Barroso

Mudança em lei de concessões está próxima de ser fechada com o Congresso, diz Haddad

Governo de São Paulo inicia extinção da EMTU