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PT intervém e centrão fracassa na Câmara

Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) retirou de ofício o requerimento para enviar comissão à Holanda por caso da Petrobras

Apreciação do requerimento do Deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), que pede a criação de comissão externa para acompanhar as investigações de denúncias contra a Petrobras (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

Apreciação do requerimento do Deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), que pede a criação de comissão externa para acompanhar as investigações de denúncias contra a Petrobras (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2014 às 21h34.

Brasília - A estreia do "centrão" nesta terça-feira, 25, na Câmara dos Deputados não foi bem sucedida. O grupo, formado por oito partidos (sete da base aliada) para pressionar o governo por emendas parlamentares e pela aprovação de projetos de seu interesse, decidiu apoiar um requerimento da oposição para enviar uma comissão externa de deputados à Holanda para acompanhar investigações sobre um caso de pagamento de propina no qual a Petrobras é citada.

Após o PT iniciar uma obstrução à proposta, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), idealizador do grupo, retirou de ofício o requerimento, provocando protestos da maioria dos parlamentares, que decidiram impedir a votação de outras propostas.

A comissão apoiada pelos descontentes era para enviar um grupo de parlamentares para tentar obter informações sobre denúncias contra a Petrobras. Investigação na Holanda apura se a empresa SBM pagou propina a funcionários da estatal brasileira em negócios envolvendo a compra de plataformas. Isolado, o PT comandou hoje um movimento de obstrução na tentativa de impedir a aprovação. Alves decidiu então retirar a proposta da pauta devido à falta de acordo.

Os parlamentares do bloco pretendem agora discutir novas linhas de atuação depois do Carnaval. Uma delas seria encampar a proposta do PP, que suspende uma resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que desobrigou distribuidoras de ressarcir consumidores por um erro nas contas de luz no período de 2002 a 2009. A conta é estimada em R$ 7 bilhões e com a queda da resolução a devolução poderá ser feita.

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