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Quaest: maioria diz que Bolsonaro deveria desistir de candidatura; Michelle e Tarcísio são favoritos

Inelegível, Bolsonaro se coloca como única alternativa da direita nas próximas eleições e diz que irá até o fim com a sua candidatura

Bolsonaro: inelegível, ex-presidente não abre mão de candidatura (Gustavo Moreno/STF/Flickr)

Bolsonaro: inelegível, ex-presidente não abre mão de candidatura (Gustavo Moreno/STF/Flickr)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 5 de junho de 2025 às 08h14.

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A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 5, revela que 65% dos brasileiros acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria abrir mão de sua candidatura à presidência em 2026 e apoiar outro nome.

Inelegível, Bolsonaro se coloca como única alternativa da direita nas próximas eleições e diz que irá até o fim com a sua candidatura.

Cerca de 26% dos entrevistados consideram que ele deveria manter-se como candidato, apesar de sua inelegibilidade.

Se Bolsonaro pudesse concorrer, a pesquisa aponta um empate numérico entre ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com ambos alcançando 41% das intenções de voto em um eventual segundo turno.

Em um cenário no qual Bolsonaro é afastado da corrida eleitoral, os entrevistados indicam que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deveria ser o candidato da direita, com 17% de preferência, seguido pela ex-primeira dama Michelle Bolsonaro (PL), com 16%. Ambos os nomes apresentaram uma oscilação positiva de 2 pontos percentuais desde março.

O governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), também teve um aumento de 2 pontos, alcançando 11% das preferências. Para 16%, nenhum desses nomes deveria ser o candidato da direita, e 15% não souberam ou não opinaram.

Os dados mostram que a maioria dos brasileiros, independentemente do posicionamento político, é contra a manutenção da candidatura de Bolsonaro.

Entre os lulistas/petistas, 78% consideram que ele deveria desistir de sua candidatura e apoiar outro candidato, enquanto apenas 13% defendem sua manutenção. Entre os que se posicionam mais à esquerda, mas não são lulistas, 76% também acreditam que o ex-presidente deveria apoiar outro nome, enquanto 14% preferem que ele siga com sua candidatura.

Entre os eleitores que afirmam não ter um posicionamento político definido, 70% se opõem à candidatura de Bolsonaro, enquanto 17% são a favor. No espectro mais à direita, a rejeição à sua candidatura diminui, mas ainda é considerável: 55% defendem que Bolsonaro deve abdicar da candidatura, enquanto 43% preferem que ele siga como candidato, mesmo inelegível.

Entre os bolsonaristas, no entanto, a situação é diferente: 58% defendem que Bolsonaro se mantenha na disputa, enquanto 38% consideram que ele deveria abrir mão da candidatura e apoiar outro nome.

Bolsonaro empata com Lula

A pesquisa também simulou cenários para as eleições de 2026. Os dados mostram que, se as eleições de 2026 fossem hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empataria numericamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível.

O petista também empataria, dentro da margem de erro, com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD).

A pesquisa estimulada, em que os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados, também apresentou outros três candidatos: o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) e os governadores Ronaldo Caiado (União) e Romeu Zema (Novo). Lula venceria esses três adversários na simulação de segundo turno.

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