Brasil

Quando vem a quebra dos sigilos?

O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava-Jato, recebe nesta segunda-feira os 83 pedidos de inquérito feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na última terça-feira. Até então, os documentos estavam em posse da Secretaria Judiciária do tribunal para serem autuados e catalogados antes de entregues ao ministro. Agora, […]

FACHIN: o ministro recebe nesta segunda-feira os 83 pedidos de inquérito feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot / Ueslei Marcelino/Reuters (Ueslei Marcelino/Reuters)

FACHIN: o ministro recebe nesta segunda-feira os 83 pedidos de inquérito feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot / Ueslei Marcelino/Reuters (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de março de 2017 às 06h40.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h09.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava-Jato, recebe nesta segunda-feira os 83 pedidos de inquérito feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na última terça-feira. Até então, os documentos estavam em posse da Secretaria Judiciária do tribunal para serem autuados e catalogados antes de entregues ao ministro. Agora, Fachin decide quais pedidos de investigação prosseguem e quais são arquivados. O que todos querem saber, porém, é sobre a derrubada dos sigilos.

A ânsia por saber a íntegra dos depoimentos da Odebrecht é o que move Brasília desde a semana passada. Ainda que alguns dos nomes fortes da política nacional estejam confirmados por vazamentos à imprensa na lista de Janot – Eliseu Padilha, Moreira Franco, Geraldo Alckmin, José Serra, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, para citar alguns – ainda há dúvida sobre a materialidade dos crimes imputados e a profundidade do envolvimento de cada um.

A quebra do sigilo se mostra especialmente importante depois de divulgação de reportagens complicarem (ainda mais) a situação de dois presidenciáveis. O jornal Folha de S. Paulo afirma que o senador Aécio Neves (PSDB) teria acertado repasse de 50 milhões de reais com a Odebrecht e a Andrade Gutierrez depois de ambas vencerem o leilão para a construção da hidrelétrica Santo Antônio, em Rondônia, em dezembro de 2007. A revista VEJA afirmou que a Odebrecht pagou mesada de 5.000 reais a um irmão de Lula — a informação estaria na delação de Alexandrino Alencar, ex-diretor da empreiteira.

Aécio nega irregularidades. Lula faz campanha pelo Nordeste. Só com a quebra de sigilo essas e uma porção de histórias semelhantes poderão ser devidamente fiscalizadas. O caminhão de informações poderá ser disponibilizado a qualquer momento nesta semana.

Acompanhe tudo sobre:Às SeteExame Hoje

Mais de Brasil

Lula anuncia pagamento do Pé-de-Meia e gratuidade dos 41 remédios do Farmácia Popular

Denúncia da PGR contra Bolsonaro apresenta ‘aparente articulação para golpe de Estado’, diz Barroso

Mudança em lei de concessões está próxima de ser fechada com o Congresso, diz Haddad

Governo de São Paulo inicia extinção da EMTU