Brasil

Quem é Álvaro Damião, vice de Fuad, que assume a prefeitura de BH

Damião é jornalista e foi vereador por dois mandatos na capital mineira; ele assume após a morte de Fuad

Álvaro Damião, natural de Belo Horizonte, passou a infância no bairro Concórdia, localizado na região Nordeste da cidade (Cristina Medeiros/CMBH)

Álvaro Damião, natural de Belo Horizonte, passou a infância no bairro Concórdia, localizado na região Nordeste da cidade (Cristina Medeiros/CMBH)

Publicado em 26 de março de 2025 às 12h08.

Última atualização em 26 de março de 2025 às 12h15.

Tudo sobreBelo Horizonte
Saiba mais

Com a morte de Fuad Noman (PSD) nesta quarta, 26, o vice dele, Álvaro Damião (União), assume a prefeitura de Belo Horizonte integralmente. Ele já estava no cargo interinamente desde janeiro, quando Fuad foi internado. Damião também representou Noman durante a posse, no dia 1º de janeiro, quando leu o discurso do então prefeito, e em outros compromissos da administração estadual.

Aos 77 anos, Noman lutava desde o fim de 2024 contra os efeitos colaterais do tratamento de um linfoma não Hodgkin (LNH), um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático e se espalha de maneira não ordenada.

Com 52 anos, Damião tem duas décadas de experiência no jornalismo e dois mandatos como vereador. Filiado ao União Brasil, Damião integrou a chapa vitoriosa de Fuad Noman (PSD), reeleito com 53,73% dos votos.

Nascido no bairro Concórdia, na região nordeste de Belo Horizonte, Damião construiu sua trajetória profissional como jornalista. Por 25 anos, trabalhou como repórter e apresentador em rádios e emissoras de TV, cobrindo eventos esportivos como cinco Copas do Mundo, duas Olimpíadas e três Pan-Americanos.

Em 2016, Damião deu os primeiros passos na política, sendo eleito vereador da capital mineira. Reeleito em 2020 com 12.742 votos – o quinto mais votado naquele pleito –, ele exerceu o cargo de 2º vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Belo Horizonte.

Entre as principais bandeiras do político estão o fortalecimento dos direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade social, utilizar o esporte como uma ferramenta de inclusão e atuar em movimentos de proteção aos animais.

Paralelamente à carreira pública, Damião fundou, em 2014, o Instituto Bacana Demais, uma organização sem fins lucrativos dedicada a crianças, jovens e idosos. A entidade oferece serviços gratuitos em áreas como educação, esporte, cidadania e saúde, incluindo suporte psicológico.

Nota da prefeitura de Belo Horizonte sobre a morte de Fuad Noman

É com profundo pesar que a Prefeitura de Belo Horizonte informa o falecimento do prefeito Fuad Noman, ocorrido nesta data.

Fuad Noman dedicou décadas de sua vida ao serviço público, sempre pautado pelo compromisso com a ética, o diálogo e o bem-estar da população de Belo Horizonte. Economista por formação, com sólida trajetória na administração pública, Fuad ocupou importantes cargos no Governo Federal, Governo de Minas Gerais e na Prefeitura de Belo Horizonte, sempre deixando marcas de competência, responsabilidade e sensibilidade social.

Em 2022, assumiu o cargo de prefeito da capital mineira, e desde então conduziu a cidade com serenidade, firmeza e espírito público.

Fuad era conhecido por seu trato gentil, sua capacidade de escuta e seu amor por Belo Horizonte. Um homem público íntegro, cuja história se confunde com o desenvolvimento da nossa cidade.

Neste momento de dor, nos solidarizamos com os familiares, amigos e todos os cidadãos belo-horizontinos que perdem não apenas um líder, mas um exemplo de ser humano. A cidade se despede com gratidão e reverência.

Informações sobre o velório e homenagens serão divulgadas em breve.

Prefeitura de Belo Horizonte

Acompanhe tudo sobre:Belo Horizonte

Mais de Brasil

Câmara do Rio aprova o armamento da Guarda Municipal em 1º debate; decisão será daqui a dez dias

Lula, Bolsonaro, Tarcísio, Zema, Marçal e Caiado: AtlasIntel simula cenários para 2026

Flávio Dino suspende repasses de emendas para universidades de oito estados

Senado adia votação de texto que tentava 'driblar' proposta do governo de endurecer penas de roubo