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Renan e Cunha destacam reformas política e tributária

Renan Calheiros, presidente do Congresso, fez questão de iniciar discurso dizendo que disputas pelos comandos das duas Casas Legislativas "pertencem ao passado"


	Congresso: peemedebistas disseram estar cientes que este ano será de muito trabalho
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Congresso: peemedebistas disseram estar cientes que este ano será de muito trabalho (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 17h25.

Brasília - Os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), respectivamente, fizeram discursos na tarde desta segunda-feira, 2, defendendo as reformas política e tributária como prioridades do Congresso Nacional.

Na sessão de abertura do ano legislativo, os peemedebistas disseram estar cientes que este ano será de muito trabalho com a apreciação pelos parlamentares de inúmeras matérias relevantes.

Renan, que é presidente do Congresso, fez questão de iniciar seu discurso dizendo que as disputas pelos comandos das duas Casas Legislativas "pertencem ao passado" e que "agora é hora de trabalhar".

"O sentimento é o da esperança, de reflexões sobre o país e de melhoria nacional", declarou.

Num balanço sobre os trabalhos do Congresso nos últimos anos, Renan disse que houve avanços, mas que há muito o que fazer.

Ele afirmou que na Casa se venceu a tese de que não é possível controle preventivo de projetos em tramitação e prometeu trabalhar "incessantemente" para aprovar o Código Penal, a Lei de Licitações e aprofundar a regulamentação do Orçamento Impositivo, incluindo as emendas coletivas e de comissão.

Sobre a reforma política, Renan defendeu a criação de mecanismos claros de financiamento de campanha.

"É preciso melhorar a política para que a política ajude a melhorar o Brasil", disse o peemedebista, lembrando que a reforma política se arrasta no Congresso há 12 anos.

"Pagaremos um alto preço se não formos capazes de enfrentar esse desafio", emendou.

Ele recomendou que o Parlamento trace as linhas da reforma e a submeta à consulta popular.

"As consultas populares não debilitam a democracia representativa, mas a complementam", concluiu o presidente do Congresso, ressaltando que a sociedade está "atenta, madura e exige ser ouvida com mais assiduidade".

Cunha e Renan destacaram a discussão do pacto federativo como ponto primordial da discussão da reforma tributária.

"Pacto federativo é a discussão maior", apontou Cunha.

O peemedebista foi cumprimentado pelo colega de Senado, que chamou sua vitória de "brilhante".

"Meu desejo é trabalhar com Cunha em busca de um Brasil melhor", afirmou Renan.

Em seu discurso, Cunha lembrou que o ano será de medidas impactantes e que o Parlamento terá de discutir também as demandas populares.

Ele enfatizou que na Câmara essas discussões terão de obedecer sempre "a vontade da maioria".

Mensagem presidencial

O presidente do Congresso fez questão de dizer que nestes anos de Parlamento aprendeu que é necessário conviver com as visões divergentes.

"A crítica é a primeira manifestação de quem deseja mudar", disse Renan, destacando que as divergências não devem debandar para o retrocesso.

"Iremos encontrar caminhos e soluções para nossos propósitos democráticos", completou.

Renan comentou que a mensagem da presidente marca a transição do primeiro para o segundo mandato e pontuou que ela demonstrou consciência das dificuldades, mas também fala em medidas de estímulos.

"Dilma mostra planejamento de como atuará no país nas diversas áreas", elogiou.

Ele lembrou que a prioridade das prioridades de Dilma "é mais recursos e mais investimentos".

"Ouso acrescentar que a prioridade é mais recursos com segurança jurídica e estabilidade", afirmou o peemedebista, acrescentando a manutenção das conquistas e mais investimentos.

O presidente do Congresso finalizou seu discurso dizendo que a Casa está "à altura" do desafio de colaborar com o desenvolvimento social e econômico.

Segundo ele, Câmara e Senado farão sua parte. "O Brasil pode continuar a contar conosco".

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