Brasil

Renan ironiza Delcídio sobre indicação de Cerveró

Renan e Delcídio do Amaral têm trocado acusações públicas sobre quem seria o responsável pela indicação do ex-diretor internacional da Petrobras, Nestor Cerveró


	O presidente do Senado, Renan Calheiros: "Ele (Cerveró) ter ficado na Petrobras é imperdoável. O Delcídio tem de pedir a saída dele"
 (GettyImages)

O presidente do Senado, Renan Calheiros: "Ele (Cerveró) ter ficado na Petrobras é imperdoável. O Delcídio tem de pedir a saída dele" (GettyImages)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de março de 2014 às 16h59.

Brasília, 20 - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quinta-feira, 20 que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) "certamente" não indicou o ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró para "roubar" a estatal. "Ele deve ficar tranquilo, o Delcídio", afirmou Renan.

Renan e Delcídio têm trocado acusações públicas sobre quem seria o responsável pela indicação. Primeiro Delcídio acusou Renan de ser o padrinho de Cerveró.

Logo em seguida, Renan rebateu e disse que a indicação era de Delcídio. Cerveró assumiu o posto de diretor internacional da Petrobras no início de 2003, primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Cerveró está no meio da polêmica que envolveu a presidente Dilma Rousseff na compra da refinaria de Pasadena (EUA) pela Petrobras, que já era considerada obsoleta em 2005. Quando Dilma era presidente do Conselho de Administração da estatal e ministra-chefe da Casa Civil, ainda no governo Lula, ela aprovou a transação, em 2006, com base em resumo feito por Cerveró.

Por meio de nota ao jornal O Estado de S. Paulo, Dilma justificou a decisão dizendo que só apoiou a medida porque recebeu "informações incompletas" de um parecer "técnica e juridicamente falho".

A Petrobras acabou desembolsando US$ 1,18 bilhão na operação. A compra é investigada por Polícia Federal, Tribunal de Contas da União e Congresso por suspeitas de superfaturamento e evasão de divisas, informou o Estado nesta quarta-feira, 19.

O "resumo executivo" sobre Pasadena foi elaborado em 2006 pela diretoria internacional da Petrobras, então comandada por Cerveró, que defendia a compra da refinaria como medida para expandir a capacidade de refino no exterior e melhorar a qualidade dos derivados de petróleo brasileiros.

Conforme o Estado revelou na edição de hoje, Cerveró, responsável pelo parecer "falho", viajou de férias para a Europa. Ele é, atualmente, diretor financeiro da BR Distribuidora.

"O Delcídio deve estar preocupado com relação à indicação, mas eu queria, de antemão, dizer que o Delcídio não deve ficar preocupado. O Delcídio certamente não indicou Cerveró para roubar a Petrobras", disse Renan. "Ele (Cerveró) ter ficado na Petrobras é imperdoável. O Delcídio tem de pedir a saída dele", defendeu o presidente do Senado.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasPolíticosPolíticos brasileirosPolítica no BrasilEmpresas abertasEmpresas brasileirasEstatais brasileirasEmpresas estataisPetrobrasCapitalização da PetrobrasPetróleoIndústria do petróleoRenan CalheirosSenadoCombustíveis

Mais de Brasil

Previsão do tempo: céu nublado e temperaturas amenas devem marcar o fim de semana em São Paulo

Marinha testa primeiro drone kamikaze em operação militar na Amazônia

Após condenação no STF, quais os próximos passos para Bolsonaro? Defesa pode recorrer? Entenda

STF determina penas de dois a 27 anos para Bolsonaro e outros 7 condenados; veja lista