Brasil

Reunião do Conselho começa com pedido de adiar votação

Reunião de hoje é uma continuação da ocorrida ontem para votar o parecer sobre o pedido de cassação de Eduardo Cunha


	Reunião do Conselho de Ética para análise de parecer contra Eduardo Cunha
 (Lula Marques/Agência PT)

Reunião do Conselho de Ética para análise de parecer contra Eduardo Cunha (Lula Marques/Agência PT)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 14h32.

Brasília - Começou, há pouco, a reunião do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

A reunião de hoje (9) é uma continuação da ocorrida ontem (8), quando os deputados não tiveram tempo para votar o parecer preliminar do relator Fausto Pinato (PRB-SP), sobre o pedido de cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por quebra do decoro parlamentar.

Ontem, após uma série de falas de parlamentares, teve início a ordem do dia no plenário, impedindo que qualquer votação no conselho fosse iniciada.

Também ontem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso negou pedido da defesa de Cunha para substituir Pinato na relatoria.

De acordo com Barroso, essa não é uma questão constitucional, e sim do Regimento Interno da Câmara.

Hoje, o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), tentou evitar o reinício do debate sobre a substituição da relatoria.

No entanto, o deputado Manoel Júnior (PMDB-PB), logo no início da reunião, apresentou um requerimento para adiar os trabalhos, até que questão seja definida. O assunto está sendo debatido nesse momento.

Para Júnior, uma troca de relator poderia invalidar o relatório de Pinato e outras votações já ocorridas. A opinião do presidente do conselho, no entanto, é contrária à de Júnior.

No entendimento dele, se um novo relator for designado, ele poderá assumir o processo de onde parou, sem nulidade dos atos já ocorridos.

“Nada impede que um novo relator absolva [o processo como transcorreu até o momento] e subscreva o relatório junto com o Pinato. Não tem nenhum lugar no regimento que me impeça de colocar dois deputados para relatar uma matéria”, disse Araújo.

O pedido de cassação do mandato de Cunha foi protocolado no dia 13 de outubro pelo PSOL e a Rede. Cunha foi denunciado ao STF por suspeita de ter recebido US$ 5 milhões em propina, no esquema investigado pela Operação Lava Jato.

O pedido se baseia em documento encaminhado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), atestando como verdadeiras as informações de que Cunha e parentes dele têm contas na Suíça e que teriam recebido dinheiro, fruto do pagamento de propina em contratos da Petrobras.

O parlamentar nega e diz que os recursos no exterior vêm de negócios de venda de carne no continente Africano.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosCorrupçãoEduardo CunhaEscândalosFraudesJustiçaPolítica no Brasil

Mais de Brasil

Lula anuncia pagamento do Pé-de-Meia e gratuidade dos 41 remédios do Farmácia Popular

Denúncia da PGR contra Bolsonaro apresenta ‘aparente articulação para golpe de Estado’, diz Barroso

Mudança em lei de concessões está próxima de ser fechada com o Congresso, diz Haddad

Governo de São Paulo inicia extinção da EMTU