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Há chance de não haver reforma política até 2018, diz Molon

Segundo o deputado, o problema é que vários grupos que condicionam a votação em itens mais consensuais a temas mais polêmicos

Molon: "Esse jogo de interesses com atores diferenciados pode produzir um resultado igual a zero" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Molon: "Esse jogo de interesses com atores diferenciados pode produzir um resultado igual a zero" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de agosto de 2017 às 17h30.

Última atualização em 31 de agosto de 2017 às 18h36.

São Paulo - O deputado federal Alessandro Molon (Rede-RJ) afirmou nesta quinta-feira, 31, ver a possibilidade de que os parlamentares não consigam nenhuma mudança eleitoral a tempo para o pleito de 2018.

Segundo o deputado, integrante da comissão da reforma política na Câmara, o problema é que vários grupos que condicionam a votação em itens mais consensuais, como a questão da coligação proporcional e a cláusula de barreira, a temas mais polêmicos como o financiamento de campanha e o sistema de votação.

"Esse jogo de interesses múltiplos com atores diferenciados pode produzir um resultado igual a zero", alertou.

Ontem, o líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) admitiu que a falta de acordo pode inviabilizar a aprovação da reforma política.

Apesar da previsão de votar a proposta relatada pela deputada Shéridan (PSDB-RR), que prevê o fim das coligações e institui cláusula de barreira aos partidos, a discussão foi adiada para a próxima semana ou mesmo a seguinte, por causa do feriado de 7 de setembro.

O deputado acredita que o tema com menores chances de ser aprovado é alguma mudança no sistema eleitoral.

"Nenhum deles consegue receber maioria constitucional, nem o distritão nem o distritão misto", ponderou.

"Então a tendência é que se mantenha o atual com proibição de coligações e cláusula de desempenho, o que já seria avanço, embora muito modesto."

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