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Sai o Rio, volta Brasília

Como previsto, o presidente interino Michel Temer não foi à cerimônia que encerrou com chave de ouro os Jogos Olímpicos. Foi por cautela. Mas o fato é que um pouco de descanso também veio a calhar. Os próximos dias serão intensos. Na próxima quinta-feira 25, o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff deve entrar […]

ENCERRAMENTO DOS JOGOS NO RIO:  / Leonhard Foeger/ Reuters (Leonhard Foeger/Reuters)

ENCERRAMENTO DOS JOGOS NO RIO: / Leonhard Foeger/ Reuters (Leonhard Foeger/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2016 às 06h02.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h05.

Como previsto, o presidente interino Michel Temer não foi à cerimônia que encerrou com chave de ouro os Jogos Olímpicos. Foi por cautela. Mas o fato é que um pouco de descanso também veio a calhar. Os próximos dias serão intensos.

Na próxima quinta-feira 25, o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff deve entrar em sua sessão final no Plenário do Senado. O julgamento final, a ser comandado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, deve durar cinco dias e deve adentrar o fim de semana. Dilma deve ser ouvida na segunda-feira 29. Na quarta, tudo indica que ela não será mais a presidente do país – as últimas estimativas apontam 59 ou 60 votos a favor do impedimento, ante 54 necessários.

Enquanto isso, a equipe econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deve decidir nesta semana se o país terá aumento ou criação de algum imposto no próximo ano, já que na semana que vem o governo deve levar ao Congresso a proposta do Orçamento de 2017. O crescimento previsto é de 1,6%, com um déficit fiscal de 139 bilhões de reais.

A semana também deve ser agitada na Câmara. Mesmo com quórum pequeno devido à proximidade das eleições municipais, comissões devem debater o polêmico projeto que regula o abuso de autoridade e outros que tratam da diminuição e até extinção do foro privilegiado para autoridades.

O Senado tem três pautas para votação na semana, antes da sessão de impeachment de Dilma. Primeiro, a proposta que proíbe o executivo de aumentar gastos com pessoal após o fim do mandato. As outras propostas são a que libera entes da União a vender ao setor privado direitos sobre créditos e, a mais importante delas, a votação em primeiro turno da proposta de Desvinculação de Receitas da União, que permite um orçamento menos engessado para o governo até 2023. Mesmo cada vez mais perto das eleições municipais, a semana de ressaca das Olimpíadas deve ser agitada em Brasília.

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