Brasil

Saída de conselheiros da CCEE não preocupa, diz Rufino

Diretor-geral da Aneel admitiu que a renúncia de três dos cinco conselheiros da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) "foi uma surpresa"


	Torre de energia elétrica: conselheiros Luciano Freire, Paulo Born e Ricardo Lima solicitaram desligamento dos cargos ocupados no conselho da CCEE alegando questões pessoais
 (Reuters/Ina Fassbender)

Torre de energia elétrica: conselheiros Luciano Freire, Paulo Born e Ricardo Lima solicitaram desligamento dos cargos ocupados no conselho da CCEE alegando questões pessoais (Reuters/Ina Fassbender)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2014 às 21h09.

Brasília - O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, admitiu na tarde desta quarta-feira, 23, que a renúncia de três dos cinco conselheiros da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) "foi uma surpresa", mas avaliou que o movimento não preocupa. Ele lembrou que a operação de crédito que totaliza R$ 11,2 bilhões para socorro das companhias de distribuição já foi viabilizada e aprovada ontem por assembleia extraordinária da CCEE, inclusive com a participação dos três conselheiros que deixaram seus cargos após a deliberação.

"A operação não traz nenhum risco para a CCEE ou para os conselheiros. A operação está bem garantida e robusta", frisou Rufino. Segundo ele, um financiamento desse montante nunca poderia ser avalizado pelos bens da própria entidade ou de seus conselheiros. "A garantia do empréstimo é o fluxo financeiro que será repassado para os consumidores a partir de 2015", completou o diretor-geral.

Os conselheiros Luciano Freire, Paulo Born e Ricardo Lima solicitaram desligamento dos cargos ocupados no Conselho de Administração da entidade alegando questões pessoais. O conselho é formando por cinco integrantes. Com as três saídas confirmadas hoje, restaram o atual presidente, Luiz Eduardo Barata, e o ex-presidente da CCEE, Antônio Carlos Fraga Machado.

Rufino destacou que o volume do empréstimo - R$ 11,2 bilhões que serão captados junto a um sindicato de bancos - agrega uma competência a mais para a CCEE, mas disse que a entidade é plenamente capaz de dar seguimento normal às suas atividades de comercialização e liquidação de contratos de fornecimento de energia.

Ele destacou ainda que a saída dos três conselheiros não impede a assinatura do contrato de financiamento referente à Conta-ACR, que a própria CCEE já comunicou estar mantido para a próxima sexta-feira (25). "Os atos formais que precisavam ser tomados já foram feitos pela assembeia da CCEE", concluiu Rufino.

Acompanhe tudo sobre:AneelConselhos de administraçãoEnergiaEnergia elétricagestao-de-negociosServiços

Mais de Brasil

Lula anuncia pagamento do Pé-de-Meia e gratuidade dos 41 remédios do Farmácia Popular

Denúncia da PGR contra Bolsonaro apresenta ‘aparente articulação para golpe de Estado’, diz Barroso

Mudança em lei de concessões está próxima de ser fechada com o Congresso, diz Haddad

Governo de São Paulo inicia extinção da EMTU