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São Paulo, Minas e Goiás terão chuvas intensas até Ano Novo

"Isso deveria ser o normal para o verão, mas não vem acontecendo nos últimos anos", destacou meteorologista


	Chuva em São Paulo: "Isso deveria ser o normal para o verão, mas não aconteceu nos últimos anos", destacou meteorologista
 (Paulo Pinto/ Fotos Públicas)

Chuva em São Paulo: "Isso deveria ser o normal para o verão, mas não aconteceu nos últimos anos", destacou meteorologista (Paulo Pinto/ Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2015 às 17h10.

São Paulo - Grande parte do Estado de São Paulo e extensas áreas de Minas Gerais e Goiás deverão ter volumosas chuvas até 1º de janeiro de 2016, com alguns municípios registrando extremos de cerca de 200 milímetros.

Essa previsão, típica para o período chuvoso do verão nessas regiões, praticamente não foi registrada nos últimos anos, quando o Sudeste vivenciou estiagens históricas como em 2014, esgotando reservatórios de água, com impacto para o consumo das populações e usinas hidrelétricas, além de perdas para a agricultura.

"Isso deveria ser o normal para o verão, mas não vem acontecendo nos últimos anos", destacou o meteorologista Celso Oliveira, da Somar Meteorologia.

O governamental Instituto Nacional de Meteorologia também prevê pancadas de chuva e trovoadas diárias em Minas Gerais e São Paulo nesta semana, o que deve ocorrer em menor intensidade no Sul e Centro-Oeste do país.

Dados meteorológicos do "Agriculture Weather Dashboard", da Thomson Reuters, apontam precipitações todos os dias no Sudeste brasileiro, com os maiores volumes registrados na quarta-feira no Estado de São Paulo, de quase 50 milímetros.

Segundo a Somar Meteorologia, os volumes de chuvas no acumulado até sexta-feira podem variar de 70 a 130 milímetros em boa parte do território paulista, sul e oeste de Minas Gerais e centro e sudeste de Goiás, importantes áreas agrícolas. Culturas em desenvolvimento como café, cana, soja e milho deverão ser beneficiadas.

"Não duvidaria que alguns municípios recebessem 200 milímetros somente nesta semana, mas aí seria o extremo", disse Oliveira, da Somar Além do efeito na agricultura, o meteorologista destaca que "a chuva é bem-vinda" para os reservatórios de água para consumo das populações e hidrelétricas.

"O único problema é apostar que vai chover tudo isso que está sendo prometido", disse o meteorologista, recomendando cautela, uma vez que os volumes podem variar em cada região.

"Vai chover sobre Furnas, Tietê, Paranaíba", disse ele, citando importantes regiões de hidrelétricas que sofreram com a estiagem dos últimos anos.

Reservatórios como o Cantareira, que abastece regiões como a metropolitana de São Paulo e está próximo de sair do chamado "volume morto", também deverão ser beneficiados pelas chuvas.

Centro-Oeste

Previsões mais estendidas, para janeiro, mostram precipitações mais fortes chegando ao Centro-Oeste. As estimativas recentes de chuvas pressionaram para baixo os preços da soja em Chicago nesta sessão, uma vez que o Brasil é o maior exportador global da oleaginosa, após um período em que houve preocupações pelo tempo seco no Mato Grosso e em Goiás, além da região Nordeste.

Entretanto, de acordo com Oliveira, apesar das previsões de chuva, ainda não é possível dizer que o verão no Sudeste/Centro-Oeste terá umidade dentro da normalidade para o período em janeiro, pois as condições meteorológicas estão sendo afetadas pelo fenômeno El Niño.

"O El Niño joga a chuva para a região Sul... É perigoso tomar a ideia de que as chuvas normalizaram no Brasil", disse ele, lembrando que o fenômeno também resulta em escassez de chuva para o Nordeste.

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