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Sem recorde, termômetros de São Paulo registram 9°C nesta terça

O cenário não será diferente nesta quarta: madrugada deve registrar temperatura média de 9°C e formação de névoa e nevoeiro

Nos próximos dias, a massa de origem polar perde força no Sul do país (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Nos próximos dias, a massa de origem polar perde força no Sul do país (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de agosto de 2020 às 11h33.

Última atualização em 25 de agosto de 2020 às 11h34.

O dia na capital paulista amanheceu novamente com muito frio. A média de 7°C prevista, que seria o recorde de menor temperatura deste ano, não foi atingida nesta terça-feira. No entanto, os bairros Engenheiro Marsilac, no extremo sul, e São Mateus, no extremo leste da capital, chegaram a apontar 6°C por volta das 5h30. Nesta manhã com pouca nebulosidade, as estações meteorológicas do CGE de São Paulo registram uma média de 9°C.

As próximas horas seguem com poucas nuvens e predomínio de sol, com os termômetros chegando aos 20°C no período da tarde. Os índices de umidade do ar indicam queda gradativa com valores mínimos acima dos 42%.

De acordo com o CGE, a semana será de tempo seco, sem previsão de chuvas, porém as noites e, principalmente, as madrugadas permanecem frias. A massa de ar polar, fria e seca mantém as tardes ensolaradas e com temperaturas um pouco mais agradáveis, diminuindo a sensação de frio durante o período.

O cenário não será diferente na quarta-feira, 26, que deve registrar uma madrugada com temperatura média de 9°C e formação de névoa e nevoeiro nas primeiras horas da manhã, mas que logo se dissipam com o predomínio de sol. A sensação de frio aos poucos diminui no decorrer do dia, quando a temperatura máxima deve chegar aos 21°C, com percentuais de umidade do ar entre 38% e 85%.

Ciclone extratropical

A frente fria que passou pelo Sudeste do Brasil, e já está no litoral da Bahia, deixou uma área de baixa pressão atmosférica sobre o mar que se transformou em um ciclone extratropical. A análise da Marinha do Brasil mostrou que este sistema estava a 850 km da costa do Rio de Janeiro e do Espírito Santo e causou ventos moderados a fortes sobre o mar.

A presença deste fenômeno no oceano estimula a ocorrência de rajadas de ventos nesta terça, 25, que podem variar de 50 a 70 km/h, da direção sul, na faixa litorânea entre o norte do Rio e o sul da Bahia.

As rajadas ainda devem ocorrer na madrugada e manhã de quarta-feira, mas a tendência é de enfraquecimento no decorrer da tarde com o afastamento do ciclone. O vento que sopra constante sobre oceano gera grandes ondas e podem causar ressaca nas praias.

Entre esta terça até a madrugada do dia 27, o mar fica agitado nesta região. Há condições para ressaca, com ondas de até 3 metros de altura. Mas, neste período, em alto-mar, as ondas podem chegar aos 5 metros.

Previsão

Nos próximos dias, a massa de origem polar perde força no Sul do País e, com isso, as temperaturas mínimas vão aumentando gradativamente. Assim, a ocorrência de geada se torna mais difícil nas áreas sulistas, ficando concentradas principalmente nas regiões serranas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Nesta terça, as temperaturas sobem no período da manhã e as condições de geada deverão ser observadas apenas em picos da serra catarinense extremamente isolados.

Em Santa Catarina, será um período muito seco com baixa umidade e o calor aumentando gradativamente pelo Oeste. A atmosfera muito seca com ar quente e seco favorece maior incidência de queimadas.

De acordo com a MetSul, no Sudeste, o padrão típico de inverno predominará nos próximos dias. A baixa umidade relativa do ar associada à temperatura alta favorece o aumento no risco de queimadas em grande parte do interior dos estados de São Paulo e de Minas Gerais.

No setor leste da região, a circulação de umidade traz aumento de nuvens e chuva esparsa entre os litorais de São Paulo, o Rio de Janeiro, o leste de Minas Gerais e o Espírito Santo.

Nos primeiros do mês de setembro, a chuva se intensifica e poderão ocorrer episódios de chuva forte entre o Estado capixaba e o nordeste de Minas. Entre o Rio e o leste de São Paulo, há previsão de umidade, nuvens e pancadas esparsas de chuva.

No Centro-Oeste, os próximos dez dias apresentarão padrão típico de inverno com a manutenção de uma massa de ar seco que garante a presença do sol na maior parte da região. Além disso, a baixa umidade relativa do ar, associada ao ar seco e quente, traz um risco extremo de queimadas. Na segunda metade desta semana, o tempo muda no Mato Grosso, especialmente na divisa com Rondônia, Amazonas e Tocantins, com previsão de aumento de nuvens e pancadas de chuva.

Já no Nordeste, nos últimos dias do mês de agosto, o tempo fica seco em boa parte do interior da região, sobretudo no sertão nordestino. Entre o litoral e a Zona da Mata as nuvens aparecem com pancadas de chuva passageiras durante as tardes. No Maranhão o sol predomina alternando com períodos de nuvens e pancadas de chuva.

Entre os dias 1° e 3 de setembro, a instabilidade aumenta entre o litoral e a Zona da Mata com previsão de chuva mais volumosa com acumulados que poderão oscilar entre 30 e 60 mm. As nuvens aumentam entre o Ceará e o Rio Grande do Norte, com algum potencial de chuva.

No Norte, a chuva volta a se espalhar por grande parte da região. As precipitações vão a cada dia avançando mais de Norte para Sul até alcançar muitas áreas até sexta-feira. No Tocantins e no Acre, a semana em geral ainda será de tempo seco e quente.

No setor Norte da região são esperados os maiores acumulados do período com projeção de volume ao redor de 100 mm em alguns pontos. No Norte do Pará e em pontos isolados do Amazonas também poderá chover forte, especialmente na segunda metade da semana.

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