Brasil

Senado aprova PEC que pune por demora em indicação ao STF

PEC pune presidente da República que demorar a fazer uma indicação a ministro do Supremo


	A indicação de Luiz Edson Fachin ao STF pela presidente Dilma Rousseff demorou quase nove meses
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

A indicação de Luiz Edson Fachin ao STF pela presidente Dilma Rousseff demorou quase nove meses (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2015 às 21h27.

Brasília - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira, 5, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que pune o presidente da República que demorar a fazer uma indicação a ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Pelo texto, de autoria da senadora Marta Suplicy (sem partido-SP), se, nos casos de vacância, o presidente não enviar o nome ao Senado em três meses, incorrerá em crime de responsabilidade.

A PEC de Marta, que segue para o plenário do Senado, determina ainda que o presidente tem 15 dias para fazer a nomeação, em caso de aprovação do nome após sabatina do senadores.

A proposta impõe ainda prazo de 45 dias para o Senado se manifestar. Se isso não ocorrer, não será possível apreciar nenhuma proposta até se realizar a votação, exceto aquelas que tenham prazo de tramitação previsto na Constituição Federal.

Em caso de rejeição do nome, o presidente terá dois meses para enviar ao Senado um novo nome - também se não fizer, poderá incorrer em crime de responsabilidade.

"Quando o presidente da República não realiza a escolha do nome, o STF fica prejudicado nas suas votações. Nossa Suprema Corte, a depender do beneplácito do chefe do Poder Executivo, pode permanecer indeterminadamente com número de membros abaixo do estabelecido pelo Texto Maior, o que não só atenta contra a sua dignidade institucional, mas tem também consequências práticas", ponderou Marta.

A PEC de Marta foi apresentada no Senado um dia após a Casa ter aprovado o nome do jurista Luiz Edson Fachin para ocupar a décima primeira vaga de ministro do Supremo.

A indicação dele pela presidente Dilma Rousseff demorou quase nove meses.

A proposta, se for aprovada pelo plenário do Senado, ainda terá de passar pela Câmara.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffGovernoLegislaçãoPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresSenadoSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Lula anuncia pagamento do Pé-de-Meia e gratuidade dos 41 remédios do Farmácia Popular

Denúncia da PGR contra Bolsonaro apresenta ‘aparente articulação para golpe de Estado’, diz Barroso

Mudança em lei de concessões está próxima de ser fechada com o Congresso, diz Haddad

Governo de São Paulo inicia extinção da EMTU