Brasil

Senadora muda tom sobre apuração de morte de coronel

A principal linha investigativa para a morte do coronel da reserva do Exército Paulo Malhães ainda é de latrocínio (roubo seguido de morte)


	Ex-agente do Centro de Informações do Exército, Paulo Malhães: laudo do Instituto Médico Legal sobre as causas da morte de Malhães deve ser entregue até o dia 15
 (Divulgação/Comissão da Verdade)

Ex-agente do Centro de Informações do Exército, Paulo Malhães: laudo do Instituto Médico Legal sobre as causas da morte de Malhães deve ser entregue até o dia 15 (Divulgação/Comissão da Verdade)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 16h48.

Rio de Janeiro - Após reunião com a cúpula da Polícia Civil, a presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, Ana Rita (PT-ES), mudou o tom das declarações sobre as investigações das motivações para a morte do coronel da reserva do Exército Paulo Malhães.

Depois do encontro com o chefe de Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, e os delegados da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) responsáveis pelo caso, a senadora disse que "a Polícia Civil demonstrou estar empenhada no caso" e que "eles estão fazendo isso (investigação) com muita firmeza".

No início da manhã desta terça-feira, ela afirmou que "há indícios de que (o assassinato) foi em função (do depoimento à Comissão da Verdade, em março). Não descartamos a possibilidade de queima de arquivo".

Depois de conversar com o caseiro Rogério Pires, ela afirmou que ele "não confessou o crime e disse que não participou de nada".

A principal linha investigativa para a morte ainda é de latrocínio (roubo seguido de morte).

"O processo está sob segredo de Justiça e todas as informações que nós pedimos foram respondidas. O chefe de Polícia Civil afirmou que todas as linhas de investigação são consideradas e não descarta nenhuma hipótese".

Ana Rita afirmou que os delegados "não falaram sobre ele (Rogério Pires) ter confessado o crime. O caseiro presta informações desencontradas por isso e estão investigando (as três hipóteses sobre o assassinato: latrocínio, homicídio por vingança e queima de arquivo)".

A Comissão também afirmou que pedirá à Defensoria Pública do Rio que um advogado acompanhe o caso e os depoimentos prestados pelo caseiro.

Na reunião com a cúpula da Polícia Civil foram informados de que o advogado já havia sido requisitado.

No início da manhã, os senadores consideraram "muito estranho" o fato de Pires, mesmo sendo analfabeto, ter prestado depoimento sem um advogado.

"O depoimento e a confissão podem ser feitos sem o advogado desde que haja testemunhas de leitura. As contradições foram evidenciadas diante do material investigativo e ele acabou confessando o envolvimento no crime. A participação dele no crime é irrefutável", disse o delegado titular da DHBF, Pedro Henrique Medina.

O delegado ressaltou que o homem encapuzado que participou do assalto ainda não foi identificado e que há dois mandados de prisão em aberto contra Anderson e Rodrigo Pires, irmãos do caseiro.

O laudo do Instituto Médico Legal sobre as causas da morte deve ser entregue até o dia 15.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Wiliam Pena Jr., o perito solicitou prorrogação do prazo inicial de dez dias para conclusão do documento.

Acompanhe tudo sobre:DitaduraJustiçaMortesPolícia Civil

Mais de Brasil

Lula anuncia pagamento do Pé-de-Meia e gratuidade dos 41 remédios do Farmácia Popular

Denúncia da PGR contra Bolsonaro apresenta ‘aparente articulação para golpe de Estado’, diz Barroso

Mudança em lei de concessões está próxima de ser fechada com o Congresso, diz Haddad

Governo de São Paulo inicia extinção da EMTU