Brasil

Só falta ambiente político para reformar a Previdência, diz Dyogo

O ministro do Planejamento acredita na aprovação da reforma da Previdência ainda neste ano

Dyogo: "Temos de fazer um esforço para aprovar (a Previdência) o quanto antes" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Dyogo: "Temos de fazer um esforço para aprovar (a Previdência) o quanto antes" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de novembro de 2017 às 20h00.

São Paulo - A arrecadação federal tem crescido em linha com o aquecimento da atividade econômica no País e deve continuar a melhorar nos próximos anos, avaliou o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, em entrevista ao Broadcast TV.

"O crescimento da arrecadação veio para ficar, é sustentável", declarou o ministro.

Dyogo ressaltou que o movimento de recuperação da economia é amplo e ocorre em função das reformas já implementadas pelo governo de Michel Temer e das que ainda estão em discussão no Congresso, como é o caso da reforma da Previdência.

"Temos de fazer um esforço para aprovar (a Previdência) o quanto antes. O Congresso já está muito bem informado sobre o conteúdo da reforma, a questão é criar ambiente político para votação", afirmou Oliveira, que acredita na aprovação da reforma da Previdência ainda em 2017.

A reforma ministerial, que deve ser concluída até dezembro, comentou o ministro do Planejamento, pode contribuir para a aprovação das mudanças nas regras previdenciárias.

Sobre a pauta, que tem enfrentado dificuldades para avançar desde maio, quando veio à tona a delação da JBS, o ministro ponderou que não aprová-la pode acarretar efeitos negativos à economia.

"Embora a reforma em si tenha um processo de ajustamento de 30 anos, o efeito é imediato, já que afeta as expectativas. O inverso, portanto, também é verdade", explicou Dyogo.

"Pode haver um processo de destruição dos fundamentos se a reforma não for aprovada. O que foi construído pode ser frustrado se não houver continuidade da agenda."

Perspectiva

Para 2018, o ministro explicou que existe a possibilidade de liberação de recursos contingenciados. A medida, entretanto, está condicionada à recomposição das receitas da União a partir do desempenho econômico.

"A projeção oficial do orçamento para o PIB de 2018 é de 2%. Ainda assim, sou mais otimista, acho que será acima disso e o mercado também está acima desse patamar", afirmou Dyogo.

Ele explicou que prefere fazer uma estimativa conservadora para evitar surpresas ao longo do ano.

Acompanhe tudo sobre:Políticos brasileirosPolítica no BrasilGoverno TemerReforma da Previdência

Mais de Brasil

Dos 99 mortos identificados no Rio, 78 tinham antecedentes criminais

Nem Uber, nem 99: três em cada quatro cidades brasileiras não tem transporte por aplicativo

Fim da profissão? Brasil perdeu mais de um milhão de caminhoneiros na última década

Maioria dos brasileiros aprova megaoperação no Rio com 121 mortos