Brasil

SP reclassifica a quarentena no estado: novas restrições devem vir por aí

A situação da pandemia de covid-19 não diminuiu como o esperado e novas restrições devem ser anunciadas em algumas regiões

 (Jonne Roriz/Bloomberg/Getty Images)

(Jonne Roriz/Bloomberg/Getty Images)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 7 de janeiro de 2021 às 06h16.

Última atualização em 8 de janeiro de 2021 às 11h27.

O governo de São Paulo reclassifica a quarentena em todas as regiões do estado nesta quinta-feira, 7. O governador João Doria (PSDB) participa de uma coletiva de imprensa marcada para às 12h45.

A situação da pandemia de covid-19 não diminuiu como o esperado e novas restrições devem ser anunciadas em algumas regiões. A grande preocupação das autoridades em saúde é a taxa de ocupação de leitos de UTI, que atualmente é de 62,5% em todo o estado, e 65,2% na Grande São Paulo.

A última reclassificação foi feita há um mês, quando praticamente todo o estado foi colocado na fase 3 amarela, em uma escala que vai de 1 vermelha - a mais restrita - até a 5 azul. Somente a região de Presidente Prudente está na fase mais rígida, em que só os serviços essenciais estão autorizados a abrir. No restante do estado, o comércio pode funcionar com 40% da capacidade.

O estado São Paulo tem um total de 1.486.551 casos confirmados e 47.222 mortes causadas pela covid-19, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde. A média diária de novos casos está em 6.617 e se mantém neste patamar desde o começo de dezembro.

Antes do Natal, o Centro de Contingência da Covid-19 chegou a emitir uma carta se mostrando preocupado com as aglomerações das festas de final de ano. Era esperado uma explosão de casos, o que não ocorreu ainda, mas é preciso esperar até 14 dias - período em que o coronavírus pode se manifestar.

No período de festas, o governo de São Paulo decidiu deixar por poucos dias a quarentena mais restrita em todas as regiões. O objetivo do governo estadual foi frear o avanço da covid-19, que registou um aumento de 68% nos casos da doença no mês de dezembro.

A Grande São Paulo está com uma taxa de ocupação de leitos de UTI de 65%. A média diária de internações (somando enfermaria e UTI) está em 728, uma das mais altas desde o começo de novembro. A média de casos está em 2.615, quase o dobro do registrado há dois meses.

Em algumas regiões do interior os dados são mais preocupantes. Em Sorocaba, a ocupação de leitos de UTI está com 72%, e a média diária de novas internações é de 55, valor que se mantém há um mês e é similar ao registrado no pico, em julho. Somente na terça-feira, 5, foram registradas 41 internações, um dos mais altos números desde o início da pandemia.

A região de Presidente Prudente, que já está na fase 1 vermelha, ainda enfrenta dificuldades para diminuir o número de internações. A taxa de ocupação de leitos está em 74%. A média de internações é de 25 pacientes por dia. Campinas está com ocupação de 67% e uma média de internações de 109, patamar estável há um mês.

O governo deve tomar medidas para tentar diminuir a circulação de pessoas e, assim, o vírus. Manaus, Belo Horizonte e Rio de Janeiro já enfrentam quase colapso do sistema de saúde. Durante o pico da pandemia no estado, no meio do ano, São Paulo não ficou sem prestar atendimento a pacientes com a covid-19. Abriu hospitais de campanha - que já foram fechados - e reorganizou os leitos. Espera-se que o caos não ocorra nesta segunda onda.

Nesta quinta-feira também será divulgada uma notícia de esperança. O Instituto Butantan anuncia os tão esperados dados de eficácia da vacina contra o coronavírus, que desenvolve em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusExame HojeJoão Doria JúniorPandemiaSão Paulo capitalvacina contra coronavírus

Mais de Brasil

Brasil pode ser líder em aço verde se transformar indústria com descarbonização, dizem pesquisadores

Cassinos físicos devem ser aprovados até 2026 e temos tecnologia pronta, diz CEO da Pay4fun

Com aval de Bolsonaro, eleição em 2026 entre Lula e Tarcísio seria espetacular, diz Maia

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil