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STF determina buscas em investigação de fake news contra ministros

A abertura de inquérito sigiloso pelo próprio STF, sem a requisição da Procuradoria-Geral da República, foi alvo de críticas nos últimos dias

STF: Corte pediu apuração sobre notícias falsas e ameaças a ministros e familiares (Adriano Kirihara/Pulsar Imagens/Reprodução)

STF: Corte pediu apuração sobre notícias falsas e ameaças a ministros e familiares (Adriano Kirihara/Pulsar Imagens/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 21 de março de 2019 às 09h56.

Brasília — O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a realização de ações de busca e apreensão em São Paulo e Alagoas na investigação aberta na semana passada para apurar a existência de notícias falsas, ofensas e ameaças a ministros da Corte e familiares, disse nesta quinta-feira uma fonte com conhecimento do assunto.

A ordem de Moraes permite a apreensão de equipamentos eletrônicos, e um dos alvos é um advogado, acrescentou a fonte.

Moraes indicou na quarta-feira dois delegados para atuarem no caso. Foram designados para a investigação o delegado da Polícia Federal Alberto Ferreira Neto, chefe da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Fazendários, e o delegado da Polícia Civil de São Paulo Maurício Martins da Silva, do Departamento de Inteligência.

A abertura de inquérito sigiloso pelo próprio STF para apurar as chamadas fake news e ameaças a ministros e familiares, sem a requisição da Procuradoria-Geral da República, foi alvo de críticas nos últimos dias.

O inquérito foi anunciado pelo presidente do STF, Dias Toffoli, no início de sessão da Corte na semana passada, com o objetivo de apurar a existência de notícias falsas, denunciações caluniosas e ameaças e crimes contra a honra que envolvem os ministros do Supremo e familiares deles.

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