Brasil

STF ignora pedido contra fatiamento do mensalão

Pedido havia sido feito por 20 advogados de defesa, que questionaram a forma fatiada de apreciação do caso


	O presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto: pedido de revisão do fatiamento do voto foi negado
 (José Cruz/Agência Brasil)

O presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto: pedido de revisão do fatiamento do voto foi negado (José Cruz/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2012 às 16h31.

Brasília - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, ignorou o pedido feito por 20 advogados que, pouco depois da abertura da décima segunda sessão de julgamento do mensalão, questionaram a forma fatiada de apreciação do caso. Britto, que recebera o pedido das mãos do ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, advogado da ex-dirigente do Banco Rural na ação Kátia Rabello, passou a palavra para o relator do processo, Joaquim Barbosa, sem fazer qualquer referência ao pedido.

Outra dúvida sobre a retomada do julgamento também foi resolvida no início da sessão. Sem mencionar a forma que adotou para apreciar o processo, Barbosa começou a apresentar seu voto sobre os outros dois pontos do item "Desvio de Recursos Públicos". Na última quinta-feira, ele votou pela condenação do ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (PT-SP) por, entre outras acusações, participar de desvio de recursos do contrato de publicidade da Casa para a empresa de publicidade de Marcos Valério.

A dúvida sobre quem iria votar era tamanha que a assessoria de Ricardo Lewandowski, revisor do processo, esteve no final de semana no Supremo ajustando o voto do ministro. Lewandowski achava que iria votar o caso de João Paulo logo no início do julgamento. Contudo, Barbosa agora vota a parte do "Desvio de Recursos Públicos" referente ao contrato de publicidade da DNA Propaganda, empresa de Marcos Valério, com o Banco do Brasil.

Acompanhe tudo sobre:Política no BrasilCorrupçãoEscândalosFraudesSupremo Tribunal Federal (STF)Mensalão

Mais de Brasil

CPI aprova ouvir 55 pessoas, como Careca do INSS, Lupi e ex-ministros da Previdência

Moraes amplia prazo e dá até segunda para PGR se manifestar sobre prisão domiciliar de Bolsonaro

Motta decide incluir ‘PEC da Blindagem’ e fim do foro na pauta da Câmara

Senado votará projeto contra a 'adultização' de crianças e adolescentes nesta quarta-feira