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STF inicia sessão que pode tornar Aécio réu

Senador será julgado por corrupção passiva e obstrução de Justiça a partir da delação feita por empresários da holding J&F

Aécio Neves: STF abriu na tarde desta terça-feira sessão que decidirá se a corte torna réu o senador e ex-presidente do PSDB Aécio Neves (MG) (Ueslei Marcelino/Reuters)

Aécio Neves: STF abriu na tarde desta terça-feira sessão que decidirá se a corte torna réu o senador e ex-presidente do PSDB Aécio Neves (MG) (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 17 de abril de 2018 às 14h21.

Última atualização em 17 de abril de 2018 às 14h28.

Brasília - A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) abriu na tarde desta terça-feira sessão que decidirá se a corte torna réu o senador e ex-presidente do PSDB Aécio Neves (MG) por corrupção passiva e obstrução de Justiça a partir da delação feita por empresários da holding J&F, que controla a JBS.

O tucano é acusado pelo Ministério Público de ter usado o cargo para defender interesses da J&F em troca do recebimento de propina.

Aécio teve uma conversa interceptada na qual pedia 2 milhões de reais a Joesley Batista, um dos donos do grupo e que fez delação premiada. Posteriormente, a quantia exigida pelo senador foi entregue a um primo dele, em ação acompanhada pela Polícia Federal e feita com autorização do STF.

O senador nega as acusações e afirma ter sido vítima de uma armação montada por Joesley.

O tucano desgastou-se politicamente com o envolvimento no caso. Segundo lugar na eleição presidencial de 2014, Aécio chegou a ser afastado do cargo de senador e também deixou o comando do PSDB. Ele é alvo de 9 inquéritos no STF.

A denúncia contra Aécio, apresentada em junho do ano passado, é a primeira que vai a apreciação pelo Supremo a partir da delação de executivos da J&F.

As duas acusações criminais feitas pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot contra o presidente Michel Temer não chegaram a ser votadas pelo STF, porque a Câmara dos Deputados não autorizou o julgamento sobre recebimento delas pela corte.

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