O governador Tarcísio de Freitas mantém alta aprovação entre os eleitores de São Paulo, segundo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas realizado em julho de 2025 (Divulgação / Governo de SP/Flickr)
Redação Exame
Publicado em 9 de julho de 2025 às 10h07.
Última atualização em 9 de julho de 2025 às 11h03.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), lidera com folga a corrida eleitoral ao Palácio dos Bandeirantes em 2026 e mantém alta taxa de aprovação de sua gestão, segundo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta quarta-feira, 9.
O estudo, realizado os entre os dias 4 e 8 de julho, ouviu 1.680 eleitores em 84 municípios paulistas, com margem de erro de 2,4 pontos percentuais e grau de confiança de 95%. Também avaliou cenários para o Senado e o desempenho da administração estadual.
Na pesquisa espontânea, quando os entrevistados respondem sem ver uma lista de candidatos, Tarcísio foi citado por 19,0% dos eleitores. Em segundo lugar, aparece Fernando Haddad (PT), com 5,1%, seguido por Geraldo Alckmin (PSB), com 1,1%.
Outros nomes, como Ricardo Nunes, Guilherme Boulos, Erika Hilton, Márcio França, Rodrigo Manga e Capitão Derrite, não alcançaram 1%. A maioria dos eleitores (69,2%) não soube ou preferiu não opinar, e 1,1% afirmou que votaria em branco ou nulo.
Nos oito cenários estimulados, que apresentam listas com nomes pré-determinados, Tarcísio lidera em todos os confrontos. No cenário 1, com adversários como Alckmin, Erika Hilton, Rodrigo Manga, Alexandre Padilha, Paulo Serra e Felipe D’Avila, o atual governador tem 44,6% das intenções de voto — crescimento de 2,5 pontos em relação a maio. Alckmin soma 20,6%, e Erika Hilton, 9,6%.
Tarcísio registra desempenho mais forte entre homens (50,3%) e entre eleitores de 45 a 59 anos e com mais de 60 (ambos com 47,8%). Alckmin cresce entre eleitores mais velhos (27,7% entre os que têm mais de 60 anos) e mulheres (22,7%). Erika Hilton se destaca entre jovens de 16 a 24 anos (17,8%) e eleitoras (13,1%).
Em outro cenário, que substitui Alckmin por Márcio França (PSB), Tarcísio chega a 47,3%, contra 12,3% de França e 11,1% de Erika Hilton. Também há crescimento em relação à pesquisa anterior, em maio, quando o governador marcava 46,5% nesse cenário.
Com Fernando Haddad entre os adversários, o candidato do Republicanos atinge 46,8%, e o petista aparece com 17,2%, seguido novamente por Erika Hilton, com 9,3%.
Nos cenários testados sem a presença de Tarcísio, o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), aparece como principal nome. Em um deles, lidera com 29,9% das intenções de voto, à frente de Márcio França (14,2%) e Erika Hilton (11,8%).
Márcio França aparece como favorito em cenários sem Tarcísio nem Nunes, mas com tendência de queda: pontuou 17,9% em um dos recortes de julho, contra 20,6% em maio. Em outros cenários testados, sua intenção de voto varia entre 18% e 19,7%. Erika Hilton e Rodrigo Manga aparecem com percentuais similares, entre 11% e 12%.
Tarcísio venceria todos os adversários em cenários de segundo turno, segundo o levantamento do Instituto Paraná Pesquisas. Contra Alckmin, teria 56,4% das intenções de voto, ante 33,3% do ex-governador. Contra Márcio França, a vantagem é ainda maior: 61,6% a 24,3%.
Outros confrontos testados mostram vantagem de Ricardo Nunes sobre Márcio França (48,8% a 27,9%) e de Márcio França sobre Kassab (39,8% a 23,5%) e sobre Capitão Derrite (43,2% a 27,0%).
A disputa por uma vaga ao Senado Federal por São Paulo também foi avaliada pela pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas. Na sondagem espontânea, os nomes mais lembrados foram Eduardo Bolsonaro (PL), com 1,8%, e Eduardo Suplicy (PT), com 1,2%. No entanto, a maioria dos eleitores (83,8%) não soube ou preferiu não responder. Outros 6,4% declararam voto em branco ou nulo.
Nos cenários estimulados, em que os eleitores puderam escolher até dois candidatos, Eduardo Bolsonaro lidera as intenções de voto em ambos os recortes testados. No primeiro cenário, aparece com 36,7%, seguido por Fernando Haddad (PT), com 32,8%. Capitão Derrite (PL) registra 22,9% e Ricardo Salles (PL), 14,3%.
Entre os recortes demográficos, Bolsonaro se destaca entre o eleitorado masculino (42,0%), enquanto Haddad tem maior preferência entre mulheres (38,1%).
Em um segundo cenário, Haddad é substituído por Geraldo Alckmin (PSB), que aparece tecnicamente empatado com Bolsonaro: 36,4% contra 35,4%. Capitão Derrite (22,3%) e Ricardo Salles (14,2%) também mantêm percentuais relevantes.
Alckmin se sai melhor entre eleitores com mais de 60 anos (41,8%) e entre aqueles com ensino fundamental (43,4%).
Eduardo Bolsonaro lidera a disputa pelo Senado em São Paulo, seguido por Geraldo Alckmin e Fernando Haddad, segundo pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas (Agência Câmara/Agência Câmara)
A gestão de Tarcísio é aprovada por 67,4% dos entrevistados do Instituto Paraná Pesquisas — somando os que classificam como “ótima” (19,9%) e “boa” (30,2%). Outros 29,4% consideram a administração “regular”, 7,1% a classificam como “ruim” e 12,0%, como “péssima”. Apenas 1,4% não soube ou não respondeu.
A aprovação é mais alta entre homens (72,2%) e entre quem cursou até o ensino médio (71,1%). Entre eleitores com ensino superior, o índice cai para 64,8%. Também há variação conforme a renda e hábitos: eleitores que participaram de alguma celebração religiosa nos últimos 10 dias aprovam mais (69,4%) do que os que não participaram (65,4%).
A aprovação de Tarcísio tem se mantido estável desde novembro de 2024, quando registrou 68,8%. Em fevereiro de 2025, era de 65,8% e, em maio, 66,8%.