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Temer diz esperar 320 votos favoráveis à reforma da Previdência

Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente reconheceu que o projeto só será pautado para votação quando o governo "tiver os votos cravados"

Temer: Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), o projeto de reforma da Previdência precisa de ao menos 308 votos (Valter Campanato/Agência Brasil)

Temer: Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), o projeto de reforma da Previdência precisa de ao menos 308 votos (Valter Campanato/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 12 de maio de 2017 às 08h43.

O presidente Michel Temer afirmou, em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta sexta-feira, que confia em conseguir 320 votos no plenário da Câmara dos Deputados para aprovar a reforma da Previdência, e reconheceu que o projeto só será pautado para votação quando o governo "tiver os votos cravados".

"Evidentemente é uma decisão do Congresso, mas eu só pedirei para levar no dia que tiver os votos cravados. Tem que ser uns 320", disse o presidente na entrevista.

Questionado se considera que em algum momento conseguirá os 320 votos, Temer respondeu: "Eu acho que terei. Eu sinto que já melhorou muito. Todos aqueles que vêm falar comigo dizem que o clima melhorou muito. E agora, o que eles precisam é de umas duas semanas para decantar o novo projeto e divulgar o que trouxe o novo projeto".

Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), o projeto de reforma da Previdência precisa de ao menos 308 votos --o equivalente a três quintos dos deputados-- para ser aprovada no plenário da Câmara, em dois turnos de votação.

O presidente reconheceu ainda ao jornal que o governo tem retaliado parlamentares infiéis como parte da estratégia para conquistar votos a favor da reforma previdenciária, e disse que é possível pautar o projeto no plenário da Câmara até o fim do mês.

Em entrevista à TV Bandeirantes exibida na quinta-feira, Temer reconheceu a possibilidade de a reforma não ser aprovada pelo Congresso, mas disse que não causaria um "desastre definitivo" para o Brasil pois o governo tem "outros meios".

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