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Temer não crê em paralisação de obras por investigação

Segundo ele, é preciso separar a questão da prisão dos empresários de empreiteiras das obras contratadas pelo governo


	Michel Temer: "que a inidoneidade se dê em relação ao futuro e não em relação aos contratos existentes", disse
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: "que a inidoneidade se dê em relação ao futuro e não em relação aos contratos existentes", disse (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2014 às 17h50.

Brasília - O presidente em exercício, Michel Temer, disse nesta segunda-feira não acreditar que as obras federais feitas pelas empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato sofram interrupções.

Segundo ele, é preciso separar a questão da prisão dos empresários no âmbito da operação Lava Jato, da Polícia Federal, das obras que foram contratadas pelo governo federal.

"O que eu penso é que deve haver ou uma repactuação para eliminar os eventuais exageros... e o segundo ponto é que a inidoneidade se dê em relação ao futuro e não em relação aos contratos existentes", disse Temer a jornalistas após participar de um evento sobre governança na gestão pública, em Brasília.

As empreiteiras investigadas pela Polícia Federal na operação Lava Jato podem ser acusadas de integrarem um suposto esquema de corrupção que desviaria recursos de contratos firmados com a Petrobras.

As principais empreiteiras do país estão sob investigação e se forem consideradas culpadas poderão ser declaradas inidôneas, o que as impediria de participar de licitações de obras do governo.

O senador Pedro Taques (PDT-MT), que fez carreira no Ministério Publico, disse à Reuters na chegada do evento que acredita que as empreiteiras investigadas devem ser consideradas inidôneas para contratar com o serviço publico.

"Acho que ocorrerá com elas o mesmo que aconteceu com a empreiteira Delta", afirmou numa referência à declaração de inidoneidade da construtora há cerca de dois anos, o que a impediu de fechar contratos com governos.

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