Brasil

Thatcher pensou nas mães argentinas no fim da guerra das Malvinas

O antigo porta-voz da "dama de ferro" fez as revelações hoje para a Rádio 5 Live da BBC em função do 30º aniversário do fim da guerra

"Acho que ela sentia muito pelos jovens, soldados, os militares que estavam ali. Escreveu cartas pessoais para as famílias de todos os britânicos que perderam a vida no conflito'" (Getty Images)

"Acho que ela sentia muito pelos jovens, soldados, os militares que estavam ali. Escreveu cartas pessoais para as famílias de todos os britânicos que perderam a vida no conflito'" (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2012 às 18h42.

Londres - A ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher pensou nas mães argentinas na noite em que terminou a guerra das ilhas Malvinas, conflito que nesta quinta-feira se encerrou há exatos 30 anos, segundo explicou o antigo porta-voz da 'Dama de Ferro'.

'Estou aliviada porque poderei ir dormir nesta noite sem me preocupar por esses terríveis Exocets (mísseis argentinos). E tenho certeza de que as mães argentinas se sentirão da mesma maneira', disse a primeira-ministra conservadora na noite de 14 de junho de 1982 para Ian Kydd.

O antigo porta-voz fez as revelações hoje para a 'Rádio 5 Live' da cadeia 'BBC' em função do trigésimo aniversário do fim da guerra.

Kydd admitiu hoje que se surpreendeu com a referência de Thatcher sobre as mães argentinas, que foi feita num momento em que estavam sozinhos na residência oficial de Downing Street.

O porta-voz disse que após o anúncio do fim da guerra não sabia o que falar para Thatcher e apenas comentou: 'Você deve estar muito aliviada de que tudo terminou. É um momento especial'.

Foi neste momento que a primeira-ministra respondeu sobre as mães argentinas. Kydd explicou que não esperava uma resposta tão pessoal da 'Dama de Ferro', que hoje está com 86 anos.

'É por isso que isto ficou gravado em minha mente', afirmou o ex-porta-voz, um diplomata aposentado de 64 anos que trabalhou com Margaret Thatcher entre 1981 e 1983.

'Acho que ela sentia muito pelos jovens, soldados, os militares que estavam ali. Escreveu cartas pessoais para as famílias de todos os britânicos que perderam a vida no conflito', acrescentou.

A guerra das Malvinas matou 649 argentinos e 255 britânicos. 

Acompanhe tudo sobre:EuropaGuerrasHistóriaMalvinasPaíses ricosReino Unido

Mais de Brasil

Desconto na conta de água para baixa renda em SP começa nesta quarta; veja como vai funcionar

Bolsonaro se reúne com aliados na sede do PL enquanto aguarda Moraes: 'Não posso falar'

CNH da Gente: governo da Bahia divulga lista de beneficiados; veja como consultar resultado

Alinhado com Lula, governador do ES chama tarifaço de Trump de 'medida desequilibrada'