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Thor não trafegava pelo acostamento, aponta laudo

Filho de Eike Batista chegou a ser acusado pela família do ajudante de caminhoneiro Wanderson Pereira dos Santos de trafegar no acostamento da BR-040

O laudo preliminar da perícia, encaminhado à 61ª Delegacia de Polícia (Xerém), informa que o jovem dirigida seu Mercedez-Benz McLaren na pista central ou da direita (Cristina Granato/Contigo)

O laudo preliminar da perícia, encaminhado à 61ª Delegacia de Polícia (Xerém), informa que o jovem dirigida seu Mercedez-Benz McLaren na pista central ou da direita (Cristina Granato/Contigo)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2012 às 15h20.

Rio de Janeiro - O empresário Thor Batista, filho de Eike Batista, não trafegava pelo acostamento da BR-040, como chegou a acusar a família do ajudante de caminhoneiro Wanderson Pereira dos Santos, que morreu ao ser atropelado pelo jovem, na noite de 17 de março. O laudo preliminar da perícia, encaminhado à 61ª Delegacia de Polícia (Xerém), informa que o jovem dirigida seu Mercedez-Benz McLaren na pista central ou da direita. E diz ainda que Santos empurrava a bicicleta, enquanto atravessava a rodovia.

O laudo informa ainda que Santos carregava uma sacola plástica com latas de cerveja. Os objetos foram encontrados no para-brisa do carro. Dias depois do acidente, Thor havia publicado no Twitter versão semelhante à que foi apontada pela perícia. "Vinha na faixa esquerda com muito cuidado, sem ao menos dialogar com o meu carona, repentinamente um ciclista atravessou do acostamento do lado direito até o meio da faixa esquerda, onde trafegam veículos".

Segundo o relato, Santos "empurrava a bicicleta com o pé esquerdo no chão". Na ocasião, Thor informou ainda que sua "imediata reação foi aplicar força total nos freios do carro, segurando o volante reto". "Infelizmente, foi impossível evitar a colisão". Segundo o empresário, ele estava a 110 km/h.

O laudo ainda não tem informações sobre a velocidade do carro. Os peritos encontraram dificuldades de chegar ao dado porque não têm parâmetros para analisar o desempenho do Mercedes McLaren e pediram informações à Mercedes, fabricante do veículo. O modelo tem capacidade de frenagem superior e é mais baixo do que os carros convencionais, o que dificulta a realização dos cálculos que indicariam a velocidade.

Na semana passada, o delegado Mario Arruda, que investiga o caso, pediu ao Ministério Público Estadual a prorrogação do prazo para a conclusão do inquérito que apura o atropelamento do ciclista. A falta de informações sobre a velocidade do carro foi o principal argumento para pedir o adiamento de 30 dias para concluir o inquérito. No fim de março, teste realizado do sangue de Santos revelou que havia a concentração de 1,55 grama de álcool por litro de sangue. O máximo tolerado pelo Código de Trânsito Brasileiro é de 0,2 grama de álcool por litro de sangue.

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