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Tornado atinge município do RS, provoca danos em mais de 280 moradias e destrói rede elétrica

Fenômeno foi provocado por encontro entre frente fria e sistema de baixa pressão no estado

Agência o Globo
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Publicado em 13 de maio de 2025 às 16h13.

Última atualização em 13 de maio de 2025 às 16h39.

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Um tornado atingiu, na última sexta-feira, o município de Erval Grande, na região norte do Rio Grande do Sul, e provocou danos em 285 residências e o deslocamento de 55 famílias. Segundo a Defesa Civil do estado, o fenômeno teve cerca de 20 minutos de duração e provocou intensas rajadas de vento, que também provocaram quedas de árvores e estragos na rede elétrica.

De acordo com dados levantados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o tornado foi provocado pelo transporte de calor e umidade vindos do norte do país, aliado ao aprofundamento de um sistema de baixa pressão próximo ao Paraguai e o deslocamento de uma frente fria advinda da fronteira com o Uruguai.

"Estes tipos de sistemas são responsáveis pela ocorrência de temporais severos, que culminam em grandes acumulados de precipitação, além de rajadas de vento intensas, também com potencial para a formação de fenômenos como frentes de rajada, microexplosões, tornados e trombas d’água", explicou o instituto.

O fenômeno também danificou 23 barracões industriais e empresas, além de ter afetado 70 hectares de árvores de eucalipto, de pinus e de citricultura. Não foram registradas mortes, segundo a prefeitura do município.

Além de Erval Grande, segundo o MetSul, os estragos se estenderam para os municípios de Soledade, onde 100 casas foram atingidas, e Triunfo, cidade na qual um asilo foi afetado e idosos precisaram ser resgatados por bombeiros. Em Santa Maria, 15 bairros registraram destelhamentos e alagamentos. Já em Cachoeira do Sul, o transbordamento de um rio provocou a retirada de duas pessoas do local.

Situação do estado após tragédia das chuvas

O Rio Grande do Sul segue em recuperação após a tragédia das enchentes, que completou um ano neste mês, em meio ao descompasso entre a oferta de moradias e a demanda das famílias atingidas. Como mostrou o O Globo, embora programas habitacionais federais e estaduais estejam em andamento, eles não conseguem atender ao volume de desabrigados.

Dados divulgados pelo governo do Rio Grande do Sul apontam que, ainda hoje, 383 pessoas vivem em abrigos públicos em oito cidades. Já os Centros Humanitários de Acolhimento (CHAs), chamados popularmente de “cidades provisórias”, em Porto Alegre e em Canoas, abrigam 350 pessoas. Eles terão as atividades encerradas em maio. Os acolhidos serão realocados para moradias temporárias disponibilizadas pelo estado.

Especialistas ressaltam, contudo, que o número de desabrigados é subnotificado, já que não houve uma busca ativa posterior por parte das prefeituras, a fim de localizar pessoas que haviam perdido suas casas e não estavam em abrigos.

Muitos desses abrigados e pessoas que se refugiaram em casas de familiares e amigos esperam por programas de habitação criados pelos governos federal e estadual, que, por sua vez, enfrentam um descompasso entre oferta e demanda.

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