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Trabalhadores dos Correios em SP decidem manter greve

Segundo o sindicato, a adesão ao movimento está em cerca de 70% e uma nova assembleia será feita na próxima quinta

Correios: ontem, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) apresentou uma proposta que prevê a revogação, por 90 dias, da medida que suspendeu as férias dos empregados (Agência Brasil/Agência Brasil)

Correios: ontem, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) apresentou uma proposta que prevê a revogação, por 90 dias, da medida que suspendeu as férias dos empregados (Agência Brasil/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 2 de maio de 2017 às 20h36.

Trabalhadores dos Correios da capital paulista decidiram hoje (2), em assembleia da categoria, manter a greve iniciada no último dia 27.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e zona postal de Sorocaba (Sintect-SP), a adesão ao movimento está em cerca de 70%. Uma nova assembleia será feita na próxima quinta-feira (4).

Em todo o país, 23 dos 36 sindicatos da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares, entre eles os de São Paulo, Belo Horizonte e Brasília já haviam decidido pela manutenção da greve.

Os demais ainda não tinham encerrado as assembleias.

Ontem (1º), a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) apresentou uma proposta que prevê a revogação, por 90 dias, da medida que suspendeu as férias dos empregados.

Com isso, os trabalhadores que irão gozar as férias em maio, junho e julho terão o pagamento dos valores até o teto de R$ 3,5 mil por empregado.

O restante será parcelado em cinco vezes. Os Correios haviam suspendido as férias dos empregados a partir de maio, alegando não ter recursos para o pagamento dos benefícios.

Na assembleia, os trabalhadores não aceitaram a proposta da empresa, alegando que a medida garante apenas o retorno das férias para os meses de maio, junho e julho, prejudicando os demais empregados do segundo semestre.

"As férias foram antecipadamente agendadas entre a empresa e o empregado, e a decisão de suspensão unilateralmente pela direção dos Correios descumpre o normativo da própria estatal", disse a federação em nota.

Outro ponto em negociação não aceito pelos trabalhadores é a continuidade da mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) na questão da porcentagem de participação da ECT no plano de saúde dos funcionários.

A empresa, em sua proposta, disse que havendo uma contraproposta por parte dos sindicatos, a ECT poderá retirar a mediação do TST.

Entre outros pontos, os trabalhadores pedem ainda a suspensão do fechamento das 250 agências e a criação de comissão com participação dos empregados para tratar sobre o tema relacionado às agências.

Justiça

O vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Emmanoel Pereira, apresentou hoje uma proposta de acordo parcial com o objetivo de incentivar negociação entre os Correios e as federações representantes dos empregados.

Segundo o TST, o ministro propõe que a empresa reconsidere o ato que suspendeu o gozo das férias, pelo menos no mês de maio, e pede para os trabalhadores a suspensão ou o encerramento imediato da greve. Procurada, a ECT disse que aceitou a proposta do TST.

"Para demonstrar que estão dispostos a negociar, os Correios decidiram aceitar a proposta e aguardam posicionamento das representações dos trabalhadores. A empresa confia no bom senso de seus empregados para encerrar a paralisação parcial, de forma a não prejudicar, ainda mais, sua sustentabilidade e a qualidade dos serviços prestados à população".

 

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