Brasil

Transações da filha de Vaccari sugerem lavagem de dinheiro

Quebrando o sigilo de Giselda, a força-tarefa da Lava Jato encontrou depósitos não identificados de cerca de R$ 300 mil no período de três anos


	Vaccari Neto: a força-tarefa identificou ainda o pagamento de propina por corruptores em falsa prestação de serviços por uma gráfica
 (Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil)

Vaccari Neto: a força-tarefa identificou ainda o pagamento de propina por corruptores em falsa prestação de serviços por uma gráfica (Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2015 às 11h48.

Em entrevista coletiva na sede da Polícia Federal em Curitiba, o delegado Igor Romário de Paula e o procurador Carlos Fernandes Santos Lima explicaram a 12ª fase da Operação Lava Jato, que prendeu o tesoureiro do PT, João Vaccari, colheu depoimento da esposa Giselda Rousie de Lima e ainda procura a cunhada Marice Correa de Lima, que tem prisão temporária decretada.

Quebrando o sigilo de Giselda, a força-tarefa da Lava Jato encontrou depósitos não identificados de cerca de R$ 300 mil no período de três anos.

O procurador Carlos Fernandes falou ainda sobre a suspeita de operações de lavagem de dinheiro na conta da filha de Vaccari, Nayara de Lima Vaccari.

Ao justificarem a prisão de Vaccari, o procurador e o delegado argumentaram que há indícios concretos de que houve "reiteração criminosa" do tesoureiro após a ação penal no caso Bancoop.

O petista está a caminho de Curitiba, onde ficará preso.

A força-tarefa identificou ainda o pagamento de propina por corruptores em falsa prestação de serviços por uma gráfica.

A gráfica, que segundo o procurador não prestou o serviço pelo qual foi contratada, tem ligações com a Central Única dos Trabalhadores.

Os agentes da Lava Jato, porém, não especificaram qual seria essa ligação.

Segundo Carlos Fernandes, a posição de João Vaccari no caso Petrobras é semelhante à de Alberto Youssef.

Ambos seriam operadores do esquema ligados a uma organização partidária, ao PT e ao PP, respectivamente.

As informações que basearam as ações desta fase da operação foram fornecidas pelos delatores Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef, Júlio Camargo, Augusto Mendonça e Pedro Barusco.

Acompanhe tudo sobre:Operação Lava JatoPartidos políticosPolícia FederalPolítica no BrasilPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Denúncia da PGR contra Bolsonaro apresenta ‘aparente articulação para golpe de Estado’, diz Barroso

Mudança em lei de concessões está próxima de ser fechada com o Congresso, diz Haddad

Governo de São Paulo inicia extinção da EMTU

Dilma Rousseff é internada em Xangai após mal-estar