Brasil

TRT suspende audiência e chama reitor da USP

Uma nova sessão no Tribunal Regional do Trabalho foi marcada para a próxima quarta-feira


	Reitoria da USP: pagamento do abono é o principal empecilho para o fim da paralisação
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Reitoria da USP: pagamento do abono é o principal empecilho para o fim da paralisação (Marcos Santos/USP Imagens)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 18h39.

São Paulo - O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) suspendeu, na tarde de hoje (10), audiência em que representantes da Reitoria da Universidade de São Paulo (USP) e os funcionários da instituição tentavam chegar a um acordo para pôr fim à greve dos trabalhadores, que já dura 107 dias.

O desembargador Davi Furtado suspendeu a sessão após receber a informação dos representantes da universidade de que o reitor Marco Antonio Zago delegou ao Conselho Universitário a decisão final sobre o pagamento de um abono de 28,6% aos empregados.

O conselho, no entanto, só vai se reunir na próxima terça-feira (16). Uma nova sessão no TRT foi marcada para a próxima quarta-feira (17).

O pagamento do abono é o principal empecilho para o fim da paralisação.

Em assembleia na última segunda-feira (8), os trabalhadores acataram a proposta do TRT, feita na semana passada, de reajuste salarial de 5,2% e abono de 28,6%.

Eles permanecem em greve até que a instituição dê uma resposta sobre a proposta da Justiça.

A Reitoria da USP, no entanto, ainda espera a decisão do conselho.

“Nós estamos aqui com mais pressa que a USP”, ressaltou o desembargador, ao suspender a sessão.

“A USP está começando a dar murro em ponta de faca. A Justiça é séria e é lugar de resolver as coisas. Vamos adiar e chamar o reitor e o secretário”, acrescentou Furtado.

O reitor e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, e Inovação do estado foram convidados a comparecer à próxima sessão.

O coordenador de Administração Geral da USP, Rudinei Toneto Junior, destacou que a universidade enfrenta uma situação financeira delicada e precisa da aprovação do Conselho Universitário para acatar a proposta da Justiça.

“O conselho é que vai dizer quanto da folha podemos comprometer com esse abono”, disse.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da USP, além do abono, ainda não está resolvido como será feita a reposição dos dias parados.

“Nós nos comprometemos, assim como fizemos nas outras greves, a colocar em dia todo o trabalho acumulado. Mas repor as horas é punição, não vamos acatar. Daria mais de dois anos”, disse Magno de Carvalho, diretor do sindicato.

Hoje, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp) ter aceitado proposta feita pela Justiça na última semana, de reajuste de 5,2% e abono de 28,5%.

Acompanhe tudo sobre:Direitos trabalhistasEnsino superiorFaculdades e universidadesGrevesUSP

Mais de Brasil

Governo quer aumentar número de setores fora do tarifaço

Governo quer ampliar número de setores isentos do tarifaço de Trump, diz Alckmin

Recuperação de áreas degradadas pode contar com R$ 31,4 bilhões

Rio Grande do Sul registra neve em algumas localidades