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TV 3.0: o que é e o que muda na TV no Brasil

A regulamentação estabelece alta definição, som imersivo e interatividade na televisão aberta brasileira

TV 3.0 ( Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

TV 3.0 ( Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

Publicado em 27 de agosto de 2025 às 10h20.

Última atualização em 27 de agosto de 2025 às 12h21.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assina nesta quarta-feira, 27, o decreto que regulamenta a TV 3.0, nova geração da televisão aberta e gratuita no Brasil. O ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, deve participar da cerimônia.

De acordo com o Planalto, o novo sistema digital moderniza a radiodifusão e posiciona o país entre os líderes mundiais em tecnologia de TV aberta. O país se torna o primeiro da América Latina e do BRICS a implementar o padrão de TV 3.0.

O novo padrão tecnológico da TV aberta brasileira vai unir a transmissão terrestre com interatividade, imagem em 4K (com possibilidade de evolução para 8K) e som imersivo, conectando o sinal à internet.

A recepção básica continuará sendo gratuita e aberta, sem precisar de conexão à internet. No entanto, para acessar funcionalidades interativas, como serviços sob demanda e aplicativos na tela, será necessário estar conectado à rede.

O que é a TV 3.0?

Segundo ministério das Comunicações, a TV 3.0 promete combinar transmissão tradicional com recursos digitais e internet, trazendo mudanças na experiência do telespectador. Entre as funcionalidades anunciadas pelas autoridades estão:

  • Interatividade: os espectadores poderão navegar por aplicativos, acessar conteúdos adicionais e participar de enquetes em tempo real
  • Alta definição de imagem e som: o padrão suporta qualidade de imagem que pode chegar a 8K e som imersivo.
  • Serviços integrados: a tecnologia permitirá acesso a serviços públicos e possibilitará novos modelos de negócios, como publicidade e comércio eletrônico direto pela televisão.
  • Acessibilidade e segurança: recursos digitais garantem maior inclusão e proteção para o público.

Segundo o ministro Frederico de Siqueira Filho, a migração para a TV 3.0 vai depender da produção de equipamentos e conversores compatíveis para integrar os sinais abertos à internet.

A navegação por canais tradicionais será substituída por aplicativos que oferecem conteúdo ao vivo ou sob demanda.

Como será a implementação da TV 3.0?

De acordo com o governo, nenhum cidadão precisará trocar de TV imediatamente. A implantação ocorrerá de forma gradual, seguindo um cronograma nacional estruturado.

A ideia é repetir o planejamento da transição do sinal analógico para o digital.

A fase preparatória está prevista para ser concluída em 2025, com início das primeiras transmissões da TV 3.0 até a Copa do Mundo de 2026.

A migração será escalonada, começando pelas grandes capitais, e haverá um período de convivência entre os sistemas atual e novo. Todo o processo deve levar entre 10 e 15 anos.

Qual será o custo da TV 3.0?

O cálculo é que o custo de conversores seja de R$ 400 para o cidadão. O ministério das Comunicações considera a estimativa "prematura" e diz que a com a evolução do mercado e o aumento da escala de produção, os valores devem cair progressivamente, como ocorreu em transições tecnológicas anteriores.

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