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União já gastou R$ 286 mi com transporte de funcionários

Ministérios da Educação, Saúde e Fazenda lideram a lista dos maiores gastos com passagens e locomoção de funcionários até maio, segundo Portal da Transparência


	Só na Casa da Moeda, 10 milhões de reais já foram gastos com passagens e outras despesas do tipo em 2013
 (REUTERS/Kacper Pempel)

Só na Casa da Moeda, 10 milhões de reais já foram gastos com passagens e outras despesas do tipo em 2013 (REUTERS/Kacper Pempel)

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2013 às 17h05.

São Paulo – Até maio de 2013, o Governo Federal gastou 286,2 milhões de reais em despesas com transporte até maio de 2013. O dinheiro foi usado por 24 ministérios, a Advocacia-geral da União e os gabinetes da presidência e vice-presidência para compra de passagens aéreas, o aluguel de carros e outras despesas do tipo. O dado está disponível no Portal da Transparência

Entre os órgãos com os maiores gastos com passagens, estão os ministérios da Educação (55,2 milhões), Saúde (28,5 milhões) e Fazenda (25,9 milhões). Grande parte da verba foi encaminhada para o Inep (5 milhões), Casa da Moeda (10,4 milhões) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (3,2 milhões).

No ano passado, os gastos do Governo Federal com passagens chegaram a 900,7 milhões de reais. Fecharam 2012 no topo da lista dos órgãos com maiores gastos na área os ministérios da Saúde (80,1 milhões), Educação (186,2 milhões) e Defesa (128,7 milhões). 

100 milhões

Juntos, os Comandos de Exército, Marinha e Aeronáutica gastaram mais de 100 milhões de reais em viagens no ano passado. Em 2013, essa quantia já bateu a marca dos 18 milhões e tende a continuar subindo – levando-se em conta os recentes episódios nos quais autoridades se valeram de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para se locomoverem pelo país.

Um exemplo é o caso de Henrique Alves (PMDB-RN), atual presidente da Câmara dos Deputados. No último dia 30, ele levou a família para assistir a final da Copa das Confederações no Maracanã num jato C-99 da Aeronáutica. Ex-ocupante do cargo e atual ministro da previdência social, Garibaldi Alves (PMDB-RN) também foi ao Rio ver o jogo num Learjet 35 da FAB. No dia 15, Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, foi a um casamento em Trancoso (BA) em outro avião da Aeronáutica. 

Uma ocorrência semelhante envolveu o ministro Joaquim Barbosa (presidente do Supremo Tribunal Federal). No dia 2 de junho, ele usou uma cota de passagens a que tem direito para ir ao Rio assistir o jogo Brasil e Inglaterra no Maracanã.

O decreto 4.244, de 2002, determina que autoridades como presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal podem usar aviões da Aeronáutica por motivos de segurança, emergência médica, viagens de serviço e deslocamentos para local de residência permanente. Envolvido numa polêmica em torno do mesmo tema em maio, José Eduardo Cardozo (ministro da justiça) chegou a afirmar que o uso da frota oficial contribui para seu bom funcionamento

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