Vacinas terão coberturas trivalentes e tetravalentes (d3sign/Getty Images)
Publicado em 28 de novembro de 2025 às 15h49.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu quais cepas serão utilizadas na composição da vacina contra a gripe em 2026.
Os compostos são alterados anualmente para acompanhar as mutações no vírus. O imunizante será ofertado com cobertura trivalente e tetravalente a partir de fevereiro nas redes pública e privada.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) monitora em tempo real os vírus em circulação no mundo e a atualização realizada pela Anvisa segue as recomendações da instituição.
Os novos frascos são identificados com a recomendação "CEPAS 2026 HEMISFÉRIO SUL". Apesar das mudanças, as vacinas seguem seguras e eficazes. A recomendação da Anvisa é de que todos os grupos elegíveis busquem o imunizante.
A produção do próximo ano conta com três tipos de vacina: as trivalentes, tetravalentes e não baseadas em ovos. Confira as cepas usadas na composição de cada imunizante.
Trivalentes:
Não baseadas em ovos:
A trivalente garante proteção contra três vírus e a tetravalente contra quatro. Por isso, em teoria, a tetravalente tem proteção ampliada, ao ser composta por uma cepa a mais.
No entanto, na prática, a proteção de ambas é a mesma porque a linhagem B/Yamagata não está em circulação desde 2020.
Devido à falta de circulação da Yamagata, a OMS recomendou descontinuar as tetravalentes a partir de 2027 para simplificar e baratear a produção das vacinas.
No Brasil, a composição ainda será aplicada em 2026 para evitar desabastecimento. A Anvisa tomou essa decisão porque a trivalente não seria suficiente para garantir a cobertura de toda população e a exclusividade com esse composto atrasaria a campanha.
Sim. Isso ocorre porque em algumas regiões do país, como áreas de fronteira ou com sazonalidades diferentes, a composição das vacinas do Hemisfério Norte são mais adequadas.
Nestes locais, a composição das vacinas em 2026 também será atualizada:
Trivalentes:
Tetravalentes:
Não baseadas em ovos:
Os frascos com essas cepas serão identificados como "CEPAS 2025–2026 HEMISFÉRIO NORTE".
A eficácia é mantida em ambas as produções, baseadas ou não em ovos. O que muda é a forma de produção. Por isso, as alterações são mais impactantes para fabricantes e governos do que para o público.
As vacinas baseadas em ovos utilizam uma tecnologia tradicional. Nela, os cientistas utilizam ovos de galinha fertilizados para inativar o vírus da gripe após a multiplicação e produção do imunizante.
As não baseadas em ovos permitem produção mais rápida porque não dependem de granjas especializadas. Elas utilizam células de cultura ou técnicas recombinantes. Esse modelo pode oferecer mais precisão contra mutações e diversificam a cadeia de produção global.
A vacina contra gripe é distribuída na rede pública e privada. Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o imunizante é aplicado nas Unidades Básicas (UBS) gratuitamente.
Para se vacinar, é preciso comparecer à UBS mais próxima com documento e caderneta de vacinação. Através dos convênios, é preciso checar com a empresa qual a clínica responsável pela vacinação e se é necessário pagar algum valor adicional.
Segundo orientações do Ministério da Saúde, todas as pessoas a partir de 6 meses de vida podem ser vacinadas. As recomendações do Governo federal reforçam a importância da imunização para os seguintes grupos: