Hugo Motta: presidente da Câmara dos Deputados defendeu integração entre União, estados e municípios na discussão da PEC da Segurança Pública (Divulgação/Comunitas)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 26 de setembro de 2025 às 12h59.
Última atualização em 26 de setembro de 2025 às 13h51.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta sexta-feira, 26, que a Casa focará, nos últimos três meses de 2025, nas votações da PEC da Segurança Pública, da reforma tributária, do Plano Nacional de Educação e da regulamentação da Inteligência Artificial.
"Nosso foco é cuidar daquilo que realmente importa para a sociedade brasileira. A Câmara tem condições de debater as demandas. Às vezes, o debate fica interrompido por outros assuntos", afirmou durante o Encontro de Líderes da Comunitas.
Sobre a PEC da Segurança Pública, o presidente da Câmara destacou que a proposta busca construir um texto de consenso e moderno, promovendo integração e cooperação entre municípios, estados e a União.
"Penso que é um grande papel de cooperação para termos uma integração maior entre os estados, municípios e a União", completou.
Motta disse que a sua intenção é que o tema não seja politizado para que o problema, realmente, seja endereçado para que o Brasil não vire um "narcoestado".
"Se não combatermos o crime organizado, vamos ter um Congresso, Judiciário e Executivo financiados pelo crime", afirmou.
Motta também mencionou a possibilidade de a Câmara dedicar uma semana exclusiva à votação de projetos na área de segurança pública, com foco em propostas como a regulamentação das audiências de custódia, para reduzir a liberação de reincidentes, e o projeto que tipifica organizações criminosas como terroristas.
Questionado sobre a ausência de votações de projetos considerados de interesse direto da população, Motta declarou que a Câmara não está desconectada do povo e que temas relacionados à segurança pública vêm sendo tratados pelos deputados, mas não tem destaque no noticiário, tomado por outros temas.
"Aprovamos no Plenário vários projetos que tratam de segurança, mas, infelizmente, como a agenda estava tomada por outros temas, isso não teve o devido destaque", disse.
Nas últimas semanas, a Câmara dos Deputados analisou propostas como a PEC da Blindagem — que foi derrubada no Senado — e aprovou a urgência da votação do PL da Anistia, prevista para ocorrer nas próximas semanas. A votação da isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil ficou em segundo plano, e somente será votada na próxima semana.