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Vice de Aécio explora culpa moral de Dilma em Pasadena

Senador Aloysio Nunes disse que a presidente tem responsabilidade moral pelos prejuízos causados à Petrobras


	Senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) durante a Convenção Nacional do partido, em Brasília
 (Antônio Cruz/Agência Brasil)

Senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) durante a Convenção Nacional do partido, em Brasília (Antônio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2014 às 08h34.

Brasília - Candidato a vice na chapa presidencial de Aécio Neves, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) afirmou, na quinta-feira, 24, que a presidente Dilma Rousseff tem "responsabilidade moral" pelos prejuízos causados à Petrobras pela compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

"Existem muitos níveis de responsabilidade. No sentido jurídico, que implica ressarcimento ao dano, ela foi inocentada. Mas e a responsabilidade moral? Ela não se reunia com a direção da empresa para discutir receita de bolo ou resultado de futebol, né?", disse.

A partir desse raciocínio, o objetivo da campanha tucana é tentar mostrar que a imagem de boa gestora, com a qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recomendou Dilma para emplacá-la como sua sucessora na eleição passada, não se confirmou.

A decisão de manter a estratégia de abordar o "aspecto moral" de Dilma ocorre em meio ao primeiro significativo questionamento ético da campanha tucana: a revelação de que Aécio, quando governador, desapropriou um terreno dentro da fazenda de seu tio e autorizou a construção de uma pista para aviões na propriedade rural, que fica próxima também à sua fazenda.

O coordenador nacional do comitê de Aécio, senador José Agripino (DEM-RN), justifica o discurso. "Ela era vendida pelo Lula como uma gestora que participa e conhece todos os pontos daquilo que comanda, então essa imagem falece com a responsabilização, pelo TCU, da equipe que ela manteve em seu governo."

O ex-vice governador de São Paulo e integrante da equipe de Aécio, Alberto Goldman, criticou a decisão do TCU. "Foi uma decisão de ordem política e não técnica, porque o TCU é constituído de membros políticos, indicações de peso político, e não é correta, na minha avaliação."

Mas, independentemente disso, Goldman acredita que o tema estará presente nos debates eleitorais. "(A absolvição) pode até ser um argumento usado por ela para se defender, mas o nosso argumento será dizer que gente da equipe dela dá prejuízo milionário aos cofres públicos e isso é grave." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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